SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO – Tribunal do júri condena mãe e padrasto acusados de espancar menino de 2 anos até a morte.

Sentença manteve a prisão preventiva dos réus. Luana Alves foi condenada a 30 anos de reclusão e Wesley Messias a 28 anos, 1 mês e 15 dias. Crime aconteceu em 2018.

Roberto Naborfazan**

Acusação sustentada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) resultou na condenação, pelo Tribunal do Júri de Santo Antônio do Descoberto, dos dois acusados pelo homicídio do menino Henzo Gabriel da Silva Oliveira, de apenas 2 anos, em março de 2018. O corpo de jurados considerou os réus Luana Alves de Oliveira, mãe da criança, e Wesley Messias de Souza, padrasto, culpados pelas múltiplas agressões físicas e a asfixia que levou o menino à morte.

Foram mais de 16 horas de julgamento até o veredicto. A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça André Wagner Melgaço Reis, que atuou no caso desde o início. Ele conseguiu que os jurados acolhessem as três qualificadoras do crime (circunstâncias que agravam a conduta): motivo torpe, emprego de meio cruel (asfixia) e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Luana Alves e Wesley Messias foram condenados por morte de menino de 2 anos em Santo Antônio do Descoberto — Foto: TV Anhanguera/Reprodução

A sentença fixou a condenação de Luana em 30 anos de reclusão, em regime fechado, enquanto Wesley pegou uma pena de 28 anos, 1 mês e 15 dias de reclusão, também em regime fechado. Na decisão, também foi mantida a prisão preventiva dos dois, diante da gravidade e repercussão do crime.

Conforme relatou a denúncia oferecida pelo MP, os acusados agrediram a criança ao longo de toda a noite, entre os dias 5 e 6 de março de 2018. Os ataques começaram quando os acusados tentaram colocar o menino para dormir e ele não parava de chorar. Foram agressões com socos, chutes e pisões, que provocaram uma série de lesões.

Por fim, após os ataques, eles deixaram a criança na sala enrolada num cobertor e foram dormir. No dia seguinte, o pai de Wesley notou que o menino não se mexia e avisou os acusados, que levaram a vítima, já sem vida, para o hospital.

“Como a vítima estava indefesa e inconsciente por causa traumatismo crânio encefálico causado pelo espancamento, ela acabou sendo asfixiada”, detalhou a denúncia, mencionando o laudo juntado aos autos.

*** Com informações de Ana Cristina Arruda (Assessoria de Comunicação Social do MPGO)

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