PASSADO NO CRIME – Bebê amordaçado: Como foi o sequestro com a participação do Mendigo de Planaltina

Givaldo Alves, que ficou famoso após o insólito episódio sexual ocorrido no DF, cumpriu oito anos de prisão pelo crime hediondo, ocorrido em 2004. Veja como foi a ação de terror contra uma família de São Paulo.

Por Henrique Rodrigues**

Conhecido nacionalmente depois de um episódio insólito no qual manteve relações sexuais com uma mulher casada dentro de um carro, nas ruas de Planaltina, o que acabou rendendo-lhe uma surra do marido dela, que flagrou o ato, Givaldo Alves de Souza, um homem em situação de rua que passou então a ser chamado de “Mendigo de Planaltina”, teve seu passado no mundo do crime revelado recentemente.

Ele ficou preso por oito anos após receber uma condenação por sequestro, cuja pena total imposta pela Justiça foi de 17 anos. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de Minas e a dinâmica do crime, no qual Givaldo foi preso em flagrante, veio à tona após uma reportagem do site Metrópoles. O que assusta na história, ocorrida em 2004, são os contornos violentos da ação, que teve até um bebê de um ano e oito meses amordaçado pela quadrilha.

Givaldo Alves de Souza, 0 “Mendigo de Planaltina”, ficou preso por oito anos após receber uma condenação por sequestro, cuja pena total imposta pela Justiça foi de 17 anos.

Uma mulher de 33 anos saiu de casa, no bairro da Vila Progresso, no distrito de São Miguel Paulista, na Zona Leste de São Paulo, em 29 de junho daquele ano para ir ao supermercado. Assim que pisou na rua foi rendida por criminosos, que a colocaram novamente para dentro da residência, onde estava seu marido, de 34 anos, e o filho deles, à época com um ano e oito meses.

Após roubarem vários pertences do imóvel, principalmente eletrônicos, relógios e dinheiro, os criminosos amordaçaram o pai e a criança, fugindo do local com a mãe, no carro da família. No dia seguinte, após contatos por telefone com o homem, ainda de posse de sua esposa, que foi levada para um cativeiro em Itaquaquecetuba, os bandidos exigiram o pagamento de R$ 300 mil como resgate. Com muita negociação, os sequestradores aceitaram R$ 3 mil e combinaram o local para o pagamento: a Praça do Forro, ponto conhecido de São Miguel Paulista.

Como a Polícia Civil já tinha sido acionada, os agentes montaram uma campana para prender em flagrante o sequestrador que ia buscar o dinheiro, neste caso, Givaldo, que apareceu no local marcado para pegar a quantia deixada pelo marido desesperado. De acordo com ele, sua participação no crime estaria restrita ao recolhimento do valor acordado com o marido da vítima, pelo que receberia R$ 500.

Algemado e detido pelos investigadores, o homem que décadas depois ficaria famoso por conta de uma notícia incomum, levou as autoridades ao cativeiro, mas a mulher mantida lá já tinha fugido. Givaldo ainda denunciou os comparsas e todos foram presos.

Condenado inicialmente a 17 anos de cadeia, ele cumpriu oito anos na Penitenciária de Flórida Paulista, no Oeste do Estado, e então sua pena foi revisada. Com a diminuição, a sentença foi considerada cumprida e desde então Givaldo não tem mais qualquer pendência com o Judiciário.

FONTE: Revista Forum

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