PROSTITUIÇÃO – Duas pessoas são presas em flagrante por crime de rufianismo e favorecimento a exploração sexual.

A prática era realizada em um estabelecimento comercial em São João d’Aliança. As garotas de programas sofriam penalidades econômicas caso se envolvessem em brigas e todas deveriam estar no salão do estabelecimento às 18 horas para o início do trabalho.

Roberto Naborfazan**

****REPORTAGEM ATUALIZADA AS 14:07 HORAS DO DOMINGO, 28/11/2021.

A Polícia Civil de Alto Paraíso de Goiás, sob o comando da delegada Bárbara Buttini, constatou que os suspeitos tiravam proveito da prostituição alheia, participando diretamente dos seus lucros.

A Polícia Civil de Alto Paraíso de Goiás, com apoio de equipes especializadas da GERNAC/GEPATRI Formosa e GIH/Planaltina, cumpriu neste sábado, 27, três mandados judiciais de busca e apreensão domiciliar e efetuou duas prisões em flagrantes pelos crimes de rufianismo (Crime que consiste em tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça. O mesmo que Cafetão ou Cafetina), e favorecimento a exploração sexual.

O mandado foi expedido para averiguar a prática de crimes contra a dignidade sexual, e principalmente, qualquer forma de exploração sexual.

A Polícia Civil de Alto Paraíso de Goiás, sob o comando da delegada Bárbara Butini, constatou que os suspeitos tiravam proveito da prostituição alheia, participando diretamente dos seus lucros.

Os agentes policiais constataram também que os clientes negociavam diretamente com os conduzidos, sendo que, para que pudessem tirar as garotas do local deveriam pagar os valores de R$100,00 (o dia todo) e R$50,00 (meio período) conforme escrito em anotações apreendidas no local.

Além disso, foi constatado que haviam regras explícitas no local, expostas em um banner na área em que eram realizados os programas.

No banner há avisos como o dia de folga das garotas de programas, penalidades econômicas caso se envolvessem em brigas e a determinação de que todas deveriam estão no salão às 18 horas para o início do trabalho.

Além dos conduzidos participarem diretamente da prostituição alheia, eles favoreciam a prostituição e a exploração sexual, facilitando a sua prática.

Os clientes negociavam diretamente com os conduzidos, sendo que, para que pudessem tirar as garotas do local deveriam pagar os valores de R$100,00 (o dia todo) e R$50,00 (meio período) conforme escrito em anotações apreendidas no local. Fotos: Divulgação PCGO

Fortalecendo as investigações realizadas pela Polícia Civil, uma das garotas que trabalhava no local afirmou em suas declarações que os conduzidos pagavam a passagem dela para trazê-la ao local e que tal valor era descontado nos seus programas sexuais.

Também foram encontradas anotações sobre o que cada garota “tinha” ou “devia” para os conduzidos.

Durante a inspeção no local, os agentes policiais encontraram seringas e um frasco de antibiótico veterinário (chemitec), usado para tratamento de infecções urogenitais, havendo indícios que o medicamento era aplicado nas garotas em virtude das infecções causadas por relações sexuais.

Por fim, no local também foi achada uma porção de cocaína, cerca de R$ 600,00 (seiscentos reais) em dinheiro e inúmeros preservativos.

Realizada as comunicações de praxe, os investigados foram recolhidos na Delegacia de Polícia de Alto Paraíso de Goiás, onde se encontram a disposição do Poder Judiciário.

***Com informações da Polícia Civil de Goiás.

**** Informamos, equivocadamente, que o local do estabelecimento seria em Alto Paraíso de Goiás, quando, na realidade, fica em São João d’Aliança. Pedimos desculpas por nosso equívoco.

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