São João D’Aliança: PM descobre trabalho escravo em carvoaria

Entre os trabalhadores alguns eram remanescente de Quilombos – descendentes de escravos – protegidos pela lei do patrimônio étnico nacional.

Trabalhadores estariam trabalhando de forma semelhantea escravidão
Trabalhadores estariam trabalhando de forma semelhantea escravidão

Uma operação em conjunto entre o Batalhão Ambiental da Polícia Militar (BAPM) e o Comando de Operação de Divisas (COD) na cidade de São João da Aliança, no nordeste goiano, encontrou, em uma fazenda, trabalhadores que estariam realizando trabalho de forma análoga a escravidão.
O Capitão Borba, do COD,informou que a operação foi realizada na quarta-feira (17) após receber denúncia anônima. Equipes do Comando e do Batalhão Ambiental se encaminharam até o local onde encontraram o gerente da fazenda, identificado apenas como Edimilson.
Segundo dados informado pelo capitão, os envolvidos na operação pediram para que o gerente os levasse até a carvoaria, onde se constatou que os trabalhadores estavam trabalhando em condições análogas a trabalho escravo.
Ainda conforme o capitão, não apenas a condição de trabalho era precária, mas também o local onde os trabalhadores eram obrigados a morar – tendo que beber a mesma água que banhavam.
A situação se torna ainda mais grave, porque três dos trabalhadores pertencem a etnia Kalunga – protegida por uma lei federal e patrimônio étnico nacional – fato informado à Comissão Estadual de Direitos Humanos (CDH).
Todas as informações foram repassadas ao promotor da cidade, PauloBrondi, que determinou que fosse feito o flagrante do caso na comarca de Alto Paraíso-GO. Ainda conforme as informações divulgadas, a parte que a carvoaria se encontra foi arrendada por Edinei Gonçalves Borges, o qual não foi encontrado. Os trabalhadores e o gerente da fazenda não souberam informar o seu paradeiro. FONTE: Policia Militar de Goiás.

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