QUILOMBO DO BREJÃO – Associação busca fortalecer comunidade existente em Campos Belos – GO.

Com sua origem brotada no DNA de um grupo de seis irmãos, filhos de escravos, que vieram da região de Arraias e Paranã, por volta dos anos 1880 a 1890, a história do Quilombo do Brejão se entrelaça com a história do município de Campos Belos. A criação da Associação Comunidade Quilombola Brejão – ACQB veio para dar voz e visibilidade a essas famílias remanescentes de Quilombos.

Roberto Naborfazan

Ao contrário de comunidades como as de Monte Alegre de Goiás, Teresina e Cavalcante, que são muito conhecidas, a comunidade moradora no Quilombo do Brejão, em Campos Belos – GO, busca se inserir na pauta de ações dos governos municipal, estadual e federal, visando o desenvolvimento socioeconômico e identidade cultural das famílias que ali residem.

Embora fosse tida como uma Comunidade de Negros, as famílias moradoras no Brejão só foram reconhecidas como descendentes de Comunidade Quilombolas no dia 04 de março de 2004, com a certificação aprovada pela Fundação Cultural Palmares.

Uma das boas iniciativas para que essas pessoas tenham sua luta reconhecida foi a criação da Associação Comunidade Quilombola Brejão – ACQB, oficializada no dia 02 setembro de 2018, com a eleição de sua primeira diretoria.

A estudante de pedagogia e presidente da Associação, Daiane Serafim do Carmo, professor José Dias Assunção Neto, professor Adelino Soares Santos Machado e toda a diretoria da ACQB.

Na ocasião, com a presença de importantes lideranças quilombolas, como a Superintendente da Secretaria Estadual Pela Igualdade Racial em Goiás – SEPIR-GO, Martha Ivone, a ativista da causa quilombola, Maria Helena Kalunga e o coordenador de avaliação institucional da UEG, professor Luiz Marles Gonçalves dos Santos; a jovem estudante de pedagogia, Daiane Serafim do Carmo, foi eleita Presidente, o professor José Dias Assunção Neto, vice-presidente, o então diretor da UEG – Campos Belos, professor Adelino Soares Santos Machado, 1º secretário, Higo Serafim de Souza, 2º secretário, Ilia Menezes dos Santos Xavier, 1ª tesoureira, Malcivan Serafim do Carmo, 2º tesoureiro. O Conselho Fiscal formado por Almeçor dos Santos Reis, Emival Rodrigues de Deus, Leonardo Antônio Cardoso e Delmário Xavier dos Santos.

Com a conquista da instalação da energia elétrica, um dos próximos objetivos da Associação para a comunidade do Brejão é a abertura de um poço artesiano para abastecer com água potável parte das famílias que ainda não têm esse benefício.

Até a criação da Associação Comunidade Quilombola Brejão – ACQB, os moradores do Brejão eram tidos como membros de uma Comunidade de Negros, mas não eram reconhecidos e respeitados como uma Comunidade Remanescente de  Quilombo, nem incluídos nas políticas públicas voltadas para essas populações, que buscam reparar injustiças contra uma gente que faz parte das raízes do povo brasileiro.

A criação da Associação chegou para fortalecer pequenos, mas importantes passos dados em favor da localidade, entre eles a instalação da energia elétrica, que aconteceu n’um esforço conjunto entre o professor José Dias Assunção e a superintendente Martha Ivone, pouco tempo antes da ACQB ser oficializada.

Infelizmente, nem mesmo a população moradora na região nordeste de Goiás, e até mesmo grande parte dos moradores de Campos Belos, sabem da existência da Comunidade Quilombola do Brejão.

Não conhecem suas origens e suas lutas, seus pioneiros, com suas histórias de vida, e que muitas delas se entrelaçam com a história do próprio município.

Grande parte das famílias que permanecem na comunidade sobrevive da agricultura familiar, criam galinhas, porcos e pequenos rebanhos de gado para o consumo próprio.

Em 02 de setembro de 2018, durante o ato de oficialização da diretoria da ACQB, ao lado da Capela de São Mateus, padroeiro da comunidade, o professor Adelino Machado deu um emocionante depoimento, lembrando sua infância na localidade, do convívio de seu pai, senhor Guilhermino, com pais e avós de muitos dos presentes àquela plenária, realizada sob um galpão, parte dele sob a sombra de uma velha mangueira,

“Estou aqui para colaborar com vocês que são também meus irmãos! Aprendi a brincar com Eva e Adão, filhos de seu Zeca, na saída do Barreirão. Depois aprendi a jogar bola e estudar no Povoado Barreirão, com o professor José Dias. Minha relação com essa comunidade é de irmandade, é de sangue, e por isso estamos juntos na mesma luta. Além disso, quero colocar o Campus da UEG à disposição da Associação Comunidade Quilombola Brejão para realizarmos parcerias com a comunidade. Enquanto eu for diretor o Campus da UEG será parceiro nessa luta.” Frisou, a época, o professor Adelino Machado.

Naquela ocasião, a Superintendente da Secretaria Estadual Pela Igualdade Racial em Goiás, Martha Ivone, também se posicionou sobre a importância da organização da Associação e sobre sua satisfação em poder colaborar com o momento histórico vivido pela Comunidade Quilombola do Brejão;

“Conheci e me identifiquei com a simplicidade e beleza dessa gente que aqui mora. Estamos aqui para confirmar o valor e reafirmar os direitos de um povo que construiu este país, mas foi ao longo da história alijado dos benefícios e das riquezas que nós mesmos produzimos. Eu vou contar para vocês: a história do nosso país é manchada com o nosso sangue nos açoites da escravidão. Primeiro tentaram escravizar os índios, não conseguiram. Depois foram até a África e de lá nos trouxeram comprados, como se compra animais. Mas quem nos vendeu não foram brancos, foram povos negros que vendiam outros povos negros. E assim eram trazidos como mercadoria e transportados pelos mares. Faziam embarcação de negros com galinhas de Angola, por exemplo. Para distrair a fiscalização colocavam as galinhas por cima e os negros homens e mulheres no porão. Desembarcavam no porto que, por isso recebeu o nome de Porto de Galinhas. Hoje estamos aqui refugiados nos quilombos!” descreveu, emocionada.

Martha Ivone ainda falou, a época, sobre a importância da organização em Associações e de sua luta para organizar as comunidades em todo o Estado de Goiás, onde já existem mais de 170 delas, identificadas e certificadas pela Fundação Cultural Palmares.

Lideranças quilombolas e pessoas da comunidade prestigiaram a plenária que oficializou a diretoria da ACQB, em 2 de setembro de 2018.

Naquela data, dia da oficialização da diretoria da ACQB, a líder Quilombola, Maria Helena Kalunga, já alertava para as dificuldades a serem enfrentadas. “Não basta criar a Associação. É preciso lutar e lutar muito, enfrentar dificuldades com os próprios irmãos, e a falta de dinheiro, a falta de apoio e tudo mais que virá daqui pra frente”, ressaltou Maria Helena.

A realidade, nos dias atuais, é que a busca pelo reconhecimento da identidade cultural e pelo desenvolvimento socioeconômico  da Comunidade Quilombola do Brejão, respeitando suas raízes, suas tradições e crenças, se fortalece com o trabalho da ACQB.

Raízes do Quilombo do Brejão

No desenvolvimento de seu currículo escolar, focado sempre na defesa de suas origens, a estudante de Pedagogia e presidente da Associação Comunidade Quilombola Brejão, Daiane Serafim do Carmo, aponta que, segundo contam membros mais velhos da comunidade Brejão, ela originou-se de um grupo de seis irmãos, filhos de escravos, que vieram da região de Arraias e Paranã ( a época estado de Goiás e hoje estado do Tocantins), por volta dos anos 1880 a 1890, e se agruparam com índios, brancos e mestiços da região.

As terras onde esses primeiros fundadores escolheram para viver eram comuns, ou seja, não tinham donos e nem cercas, os animais eram criados soltos nas matas, eram colocados chocalhos nos rebanhos para facilitar a localização dos animais dentro das matas.

Com o passar do tempo, muitos desses moradores foram obrigados a comprar a terra onde moravam de fazendeiros, que se diziam donos. Outros, devidos as precárias condições de vida, acabaram vendendo seus terrenos por preços irrisórios. Muitas vezes vendiam uma parcela de terra, mas acabavam perdendo parte muito maior para grileiros e coronéis, que se cercavam de jagunços.

Os pioneiros da comunidade viveram durante décadas n’uma situação muito difícil, em situação de isolamento.  Não tinham acesso a locomoção. Os fazendeiros vizinhos não aceitavam construir estradas e pontes, aumentando assim a pressão para que os moradores lhes vendessem suas terras a preço mínimo, quando não as tomavam a força.

As primeiras escolas surgiram na década de 1970, e funcionavam na casa de fazendeiros, através do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), um órgão do governo brasileiro, instituído durante o governo de Costa e Silva, na Ditadura Militar para a alfabetização de adultos.

No caso da região do Brejão, as aulas eram ministradas somente para alunos de mais de 14 anos. O professor lecionava de graça, ou às vezes recebia do fazendeiro. Desse modo, só estudavam os filhos de quem prestava serviços ao fazendeiro, em horário noturno.

As estradas, que hoje levam a sede do município, nada lembram o sofrimento dos pioneiros da comunidade, que viveram durante décadas n’uma situação muito difícil, em situação de isolamento. Não tinham acesso a locomoção, e os fazendeiros vizinhos não aceitavam construir estradas e pontes.

Ainda segundo a narrativa de Daiane Serafim do Carmo, no final da década de 1970 passou a funcionar uma escola dentro da comunidade, na casa de uma das pioneiras, a  senhora Bertulina, conhecida carinhosamente por todos como Tia Bertu, uma senhora de cor branca, vinda da região de Cavalcante, casada com o senhor Mamédio, filho de escravo.

A professora era sua filha, Jovita, que foi contratada pelo então prefeito o Domingos Antônio Cardoso. Também na modalidade Mobral, funcionando até 1982.

Foi também o então prefeito Domingos Antônio Cardoso que, no final de seu segundo mandato, em 1992, que implantou a Escola Municipal Brejão.

Logo na sequência, em 1993, no governo do prefeito Fernando Júlio Terra, deu-se inicio as aulas de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental, criando também o transporte escolar dos alunos de 5ª a 8ª série para a escola municipal do Povoado Barreirão.

Durante muitos anos a comunidade do Brejão manteve suas diversas manifestações culturais e religiosas, entre elas a Folia do Divino, as Ladainhas no Dia de Todos os Santos (1º de novembro) na casa de Maria dos Santos, São Bom Jesus (6 de Agosto) na casa de Tia Bertu,  mantida a tradição até os dias atuais, Senhora Santana (26 de Julho)  por Iaiá Zefa,  hoje mantida na casa de sua filha Maria, que mora na de Campos Belos, a Ladainha de Santa Luzia (dia 13 de Dezembro) de Tia Delfina.

As tradições culturais da comunidade são baseadas quase todas em festas religiosas, seu povo gosta muito de rezas. No mês de Setembro tem a realização dos festejos de São Mateus, são 10 dias de novenas, todos os dias tem celebração, após as celebrações têm comidas típicas da região para vender e leilões, no último dia de festa tem a missa final, com batizados, leilões, comidas e bebidas. Esse é o maior evento religioso da comunidade.

O Professor José Dias de Assunção Neto, vice-presidente e um dos fundadores da Associação Comunidade Quilombola Brejão, relata que algumas pessoas são lembradas por suas contribuições a comunidade do Brejão, em diversos aspectos. Ele cita como exemplo o senhor Albertino Xavier dos Santos, o Tio Betô,  um dos remanescentes muito conhecido e querido por todos que pela sua inteligência e alegria. Mesmo sem nunca ter frequentado escolas, era poeta, lia com frequência e fluência o catecismo e era benzedor.

Josefa Xavier de Macedo, a Iaiá Zefa. Conhecida como uma das matriarcas da comunidade, ficou viúva logo cedo, mãe de dez filhos, uma parteira e conselheira muito querida.

Sabina Pereira de Barros, a Tia Biinha. Uma mulher muita querida por todos. Era benzedeira, parteira e rezadeira da comunidade. Conseguiu influenciar seus filhos, deixando com eles o legado do no ofício.

Tia Miúda. Querida e respeitada na comunidade. Rezadeira, estava sempre pronta a ajudar as pessoas, acolhia a todos sem distinção. Tia Miúda conseguia juntar toda a família nas festas de fim de ano, nas festas religiosas e até mesmo nas orações. Uma pessoa da paz.

A comunidade Quilombola do Brejão é composta hoje por mais ou menos trinta famílias moradoras, mas existem dezenas de filho da comunidade que moram em outras localidades, a maioria em busca de oportunidades de estudos e trabalho.

Grande parte das famílias que permanecem na comunidade sobrevive da agricultura familiar, criam galinhas, porcos e pequenos rebanhos de gado para o consumo próprio. Uma pequena parte é, eventualmente, comercializada na cidade, para aquisição de bens de consumo.

Capela de São Mateus, padroeiro da comunidade. As tradições culturais da comunidade são, quase todas, baseadas  em festas religiosas.

Parte dos moradores trabalha diariamente em outras localidades, buscando agregar rendimentos aos ganhos que obtêm com o que produzem em suas terras.

Não se sabe por que motivo, mesmo havendo na comunidade do Brejão alunos suficientes, vários professores formados, alguns jovens universitários e muitas outras pessoas formadas em diversas áreas, a Escola Municipal do Brejão foi fechada.

Atualmente os alunos moradores na comunidade estudam na Escola Municipal Vereador Osvaldo Alves de Souza, no Povoado Barreirão, ou, dependendo da série que estudam, são levados para a sede do município. A prefeitura disponibiliza um carro para o transporte escolar.

O atendimento médico da comunidade é feito, em grande parte, no “Postinho” (PSF) de Saúde do povoado Barreirão, onde se encontra dentista, médico e enfermeira. Somente os casos de maior gravidade ou urgência são encaminhados para o hospital municipal de Campos Belos.

Objetivos da ACQB

Como reza o artigo 2º de seu Estatuto, a Associação se baseia na colaboração recíproca a que se obrigam seus associados, fundamentada nos princípios da ética da cooperação solidária das organizações associativas, e tem como objetivo congregar a Comunidade Quilombola Brejão na região, realizando o interesse social e considerando, segundo os critérios de autodefinição, com ancestralidade quilombola relacionada com resistência á opressão histórica sofrida, representando-os junto as instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais.

Outra importante meta da ACQB é a a construção de um salão multiuso, onde possa ser instalado um espaço para cursos, reuniões, e uma casa de farinha, onde as famílias da comunidade possam beneficiar suas produções de mandioca.

“Nos unimos para a criação da Associação Comunidade Quilombola Brejão (ACQB) com diversos objetivos, entre eles o de dar voz e maior visibilidade aos anseios das famílias descendentes de remanescentes de quilombos moradoras no povoado do Brejão. Os primeiros passos foram conquistados ao sermos reconhecidos pela Fundação Cultural Palmares como povo remanescente de quilombo, a oficialização da diretoria da Associação e o reconhecimento da Associação como sendo de utilidade pública pelo governo municipal. Vamos buscar esse reconhecimento também pelo governo do estado, através da Assembleia Legislativa. Também faz parte de nossa luta a abertura de um poço artesiano, visto que parte de nossa comunidade ainda tem que extrair a água para seu uso diário do rio que corta nossas terras, e também a construção de um salão multiuso, para nele instalarmos espaço para cursos, reuniões, e uma casa de farinha, onde nossas famílias possam beneficiar suas produções de mandioca. São essas algumas, das várias frentes de lutas em que estamos empenhados em seguir.” Diz a jovem presidente, Daiane Serafim do Carmo.

O coordenador da unidade Campos Belos da UEG, e 1º secretário da ACQB, Adelino Soares Santos Machado, também aponta algumas perspectivas para comunidade Quilombola Brejão em 2021.

“Estamos buscando agir com serenidade e pés no chão. Precisamos superar o momento histórico de pandemia de coronavírus, preservando a vida na comunidade por meio da imunização e da conscientização sobre os cuidados com a saúde de todos; resgatar gradativamente as manifestações culturais que nas últimas décadas têm sido abandonadas devido a interferência de novos valores, nem sempre saudáveis aos moradores; reconquistar e reorganizar práticas esportivas, que envolvam principalmente os jovens, nos finais de semana; avançar na conquista de atividades econômicas comunitárias que tragam suficiência alimentar e dividendos para os investimentos na organização da comunidade; melhorar a qualidade decorrente de conquista na área da infraestrutura, como água tratada, coleta e reciclagem de resíduos sólidos e também desenvolver atividades, como o artesanato, que envolvam as pessoas idosas, promovendo a integração com os mais jovens da comunidade.” Resumiu o professor Adelino Machado.

Recentemente, em um grupo formado em rede social, dedicado as memórias de Campos Belos, foi replicado um poema da jovem Jackelyne Conceição Sant’ Ana, prestando uma emocionante homenagem ao Povo Kalunga.

Ser Kalunga… (Homenagem ao Povo Kalunga.)

Jackelyne Conceição Sant’ Ana (Em 19/08/2019)

Ser Kalunga…

Quisera eu poder registrar no papel seu encanto… porém seu brilho me entorpece a alma!

Ser Kalunga é ser forte…

Ser Kalunga é ser guerreiro…

Ser Kalunga é ser teimoso e ter a maior simpatia do mundo…

Seu sorriso brinca comigo e me afaga… me tira da tristeza pois me conta histórias…

Me abraça e me diz baixinho:

Hoje eu vou cantar e o Criador vai mandar chuva e a colheita vai ser farta!!!

E o sorrizão toma conta do seu rosto! Kkkkkk

Não esmureça seu coração pois o que há de vir eu lhe antecipo…

Ceifará nesses tempos vindouros o ouro e a pedra mais preciosa que busca há anos…

Ei… Kalunga!

Chora não!

Deus me disse, que os olhos d’Ele habitam nos seus e que já afiou a sua espada pois quando chegar a hora da ceifa você já estará preparado…

Creia!

Seus olhos nunca verão tanta fartura como será vista nesse dia…

Ser Kalunga é ter fé no Criador e não titubear…

Ser Kalunga é amor…

Ser Kalunga é cuidado…

Assim dizia minha avó Maroca:

Bem-vindo é o povo Kalunga na minha casa…

Aqui tenho a rede e a farofa de carne seca prontas…

Minha sala e meu café os esperam sem demora…

E eu pequenina ainda, sentada no tamborete, escutava suas histórias…

Dona Procópia, obrigada por me acolher e me lembrar desses tempos que por um momento pensei que se haviam ido…

Ser Kalunga é isso…

Amor que não acaba…

Amizade que não tem preço…

E o dia vai e o dia vem e as histórias ficam pra’ ser contadas aos outros…

Amém!

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