Polícia de Paris viu mulher-bomba se encontrar com suposto mentor dos ataques

Por Gerard Bon

PARIS (Reuters) – A polícia seguiu na terça-feira uma mulher que tinha ligações com o suposto mentor dos ataques de 13 de novembro de Paris e viu quando ela o levou para dentro do prédio que as forças especiais atacaram na madrugada seguinte, disse uma fonte policial à Reuters.

A polícia francesa havia grampeado o telefone de Hasna Aitboulahcen como parte de uma investigação sobre suposto tráfico de drogas e assim pôde localizá-la no subúrbio de St. Denis, no norte da capital francesa. Ela detonou um cinto com explosivos na quarta-feira durante a investida da polícia ao edifício, que durou sete horas.

Fontes dizem que ela seria prima de Abdelhamid Abaaoud, que se acredita tenha coordenado os ataques em Paris nos quais pelo menos 129 pessoas foram mortas. Abaaoud morreu no ataque de quarta-feira, com uma terceira pessoa não identificada.

“A vigilância física nos permitiu estabelecer que a jovem e o jihadista entraram no edifício da rua Corbillon, em St. Denis, no início da noite de terça-feira”, disse a fonte, que não quis ser identificada porque não está autorizada a falar oficialmente.

Segundo a fonte, depois que a polícia descobriu que Abaaoud estava na França, e não na Síria como se pensava anteriormente, partiu em busca de Hasna, na esperança de que pudesse estar com ela.

Autoridades policiais do Marrocos forneceram informações que ajudaram os seus colegas franceses a desfechar a operação no subúrbio de Paris, segundo afirmou uma fonte marroquina no início desta semana. Hasna e Abaaoud são de origem marroquina.

Segundo a fonte policial, foram esses agentes marroquinos que disseram às autoridades francesas que Abaaoud estava na França. O rei de Marrocos visitou a França na quinta-feira.

((Tradução Redação Brasília; 55 61 3426-7026))

REUTERS LG

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