PARQUE ESTADUAL TERRA RONCA – Força tarefa inicia queima controlada visando prevenção e recuperação.
Com um total de 18 pessoas envolvidas na operação, equipadas com drones, mapas temáticos e outros equipamentos essenciais, a ação foi realizada n’uma parceria do projeto Águas Cerratenses com a Semad.
Roberto Naborfazan
Em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de Goiás (Semad), a equipe do Projeto Águas Cerratenses: semear para brotar, deu início a uma importante ação de manejo integrado do fogo na última sexta-feira, dia 03, no Parque Estadual Terra Ronca (PETER).
A iniciativa busca reduzir a quantidade de biomassa de capins exóticos presente na região para atender dois objetivos: a prevenção de incêndios florestais dentro da Unidade de Conservação e o preparo do solo para a recuperação de áreas degradadas.
Gestor do PETER, Wesley Andrade destacou a importância da queima para controlar os capins exóticos, bem como contribuir com as estratégias de manejo de incêndios dentro do Parque.
“A queima prescrita é o uso do fogo em áreas da vegetação visando criar uma barreira natural para evitar o espalhamento das chamas quando ocorrem incêndios florestais. Essa técnica é preventiva e visa a queima controlada de material vegetal sob o solo e que pode se tornar material combustível em épocas secas e promover incêndios”, explicou.
Gerente de Restauração do Projeto, Murielli Garcia destaca que para o desenvolvimento da atividade, que acontecerá em 75 hectares do Parque, inicialmente foi realizado um aceiro. “Trata-se de uma barreira que fazemos com a capina, de aproximadamente 2 a 3 metros ao redor da área para que o fogo não se alastre em outros locais”, exemplificou.
Técnicos
Com um total de 18 pessoas envolvidas na operação, equipadas com drones, mapas temáticos e outros equipamentos essenciais, a ação é cuidadosamente planejada e realizada ao final do dia, quando as condições climáticas são mais favoráveis, ou seja, com umidade do ar mais alta e ventos mais calmos.
Restauração
Coordenadora do Projeto Águas Cerratenses, Alba Cordeiro enfatizou que a partir da queimada é possível intervir na área fazendo a retirada das Espécies Exóticas Invasoras (EEI). “Com a queima dos capins exóticos o perímetro estará pronto para receber a restauração da área, logo para nós esta atividade conta como preparo do solo e a partir daí o plantio será feito por meio da técnica da semeadura direta, com a dispersão de sementes de capins, árvores e arbustos”, acrescentou.
Vale lembrar que o Projeto Águas Cerratenses: semear para brotar é executado pela Rede de Sementes do Cerrado (RSC) em parceria com a Semeia Cerrado e a Associação de Coletores Cerrado de Pé. Financiada pelo Fundo Socioambiental CAIXA, a iniciativa visa a restauração de 600 hectares de áreas degradadas em 15 municípios do Estado de Goiás.
FOTOS: Divulgação