MONTE ALEGRE DE GOIÁS – Denunciados pelo MPGO, quatro acusados de matar prefeito vão a júri em Goiânia nesta quinta-feira.

Homicídio ocorreu em 1999 e teve motivação política. O MPGO será representado pelo promotor de Justiça Paulo Brondi.

João Carlos de Faria**

Denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), por intermédio da Promotoria de Justiça de Campos Belos, Antônio Pereira Damasceno, conhecido por Toinho; José Roberto Pinheiro Macedo, o Zé de Filó; Floriano Barbo Rodrigues Neto e Luiz Carlos Medeiros, o Galego, serão submetidos a julgamento pela 4ª Vara de Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, pelo assassinato, em 1999, do então prefeito de Monte Alegre de Goiás, José da Silva Almeida, o Zé da Covanca.

A sessão será realizada a partir das 8:30 horas, no auditório do Fórum Cível de Goiânia, no Jardim Goiás. O MPGO será representado pelo promotor de Justiça Paulo Brondi.

O crime ocorreu em 25 de agosto de 1999, em Monte Alegre de Goiás.

Todos os réus respondem pelos crimes previstos no artigo 121 (homicídio), parágrafo 2º, incisos I (crime cometido mediante paga ou promessa de recompensa) e IV (praticado à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima). Houve o desaforamento (mudança de foro) do julgamento, em 2016, por suspeita de quebra de imparcialidade do corpo de jurados.

Motivação política

O crime, de acordo com a denúncia do promotor de Justiça Jesi de Moura, ocorreu em 25 de agosto de 1999, em Monte Alegre de Goiás. Antônio Pereira Damasceno, então vice-prefeito do município, foi denunciado como mandante do crime. Ele estaria rompido politicamente com a vítima e, com a sua morte, tinha a perspectiva de assumir a chefia do Poder Executivo.

Conforme a denúncia, José Roberto Pinheiro Macedo, que fora servidor público na administração de José de Almeida, havia sido demitido do cargo e associou-se a Antônio Pereira Damasceno. De acordo com o MPGO, ele foi o responsável por agenciar a contratação e o transporte dos pistoleiros para a cidade.

Floriano Barbo Rodrigues Neto, que também havia sido demitido do cargo que ocupava meses antes do crime, era policial civil na cidade e auxiliou na empreitada, emprestando seu veículo para que José Roberto levasse mantimentos aos pistoleiros. Ele, mesmo sabendo que o crime ocorreria, permaneceu em silêncio, descumprindo, de acordo com a denúncia, seu dever como agente de segurança pública.

Luiz Carlos Medeiros, que, na época, era conhecido assaltante e sequestrador – ele participou do sequestro de Wellington Camargo, irmão dos cantores sertanejos Zezé di Camargo e Luciano – foi um dos três pistoleiros contratados para cometer o homicídio. De acordo com a denúncia, foi prometido pagamento para executar o crime, bem como informações sobre transporte de dinheiro para as prefeituras da região.

FONTE: Assessoria de Comunicação Social do MPGO

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