DOANDO UMA NOVA VIDA – Fazendeira se emociona ao doar rim para o marido.

João Moura perdeu as funções renais e estava há dez meses em tratamento. Casal é do Pará, mas transplante foi feito em Goiânia. A insuficiência renal do marido de Rosane se deu em razão da pressão alta, o que pode forçar os rins e causar disfunção ou até falência renal.

Tatiane Barbosa**

A fazendeira Rosane Nunes, de 49 anos, doou seu rim para seu esposo de 72 anos em Goiânia. O fazendeiro João Batista de Moura estava na capital goiana há 10 meses em tratamento contra insuficiência renal no Hospital Geral de Goiânia Alberto Rassi e, desde novembro do ano passado, aguardava a realização da cirurgia de transplante.

A cirurgia de transplante aconteceu na segunda-feira (8). Ao g1, o Hospital Geral de Goiânia informou nesta terça-feira (9) que Rosane está bem, consciente e respondeu muito bem à cirurgia. Já João Batista está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele está bem e não está entubado, segundo a unidade de saúde.

Apesar de serem baixas as chances de compatibilidade em um casal, Rosane se candidatou para ser a doadora do marido, com quem é casada há 24 anos. Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Rosane falou ao g1 que ambos estão bem no pós-operatório. “Ocorreu tudo bem, estamos nos recuperando. Pelo pouco que fiquei sabendo, a cirurgia foi um sucesso”, informou ela.

Transplante

A insuficiência renal do marido de Rosane se deu em razão da pressão alta, o que pode forçar os rins e causar disfunção ou até falência renal. Com isso, João Batista fazia tratamento de hemodiálise em Goiânia.

Apesar de serem baixas as chances de compatibilidade em um casal, Rosane se candidatou para ser a doadora do marido, com quem é casada há 24 anos. Ela começou a realizar, em julho de 2023, exames para verificar se seria compatível, logo depois do marido começar a perder as funções renais.

A médica Erika Lee, nefrologista e coordenadora de uma das equipes de Transplante Renal do HGG, explicou ao g1 que a compatibilidade entre os dois é zero, mas que isso não impedia a realização da cirurgia. “Eles começaram a fazer os exames pré-operatórios juntos. São exames q fazem antes de entrar em fila. A cirurgia seria no início de fevereiro deste ano, mas foi adiada para abril por intercorrência dele”, explica a médica.

Antes de passar pelo transplante, João contou à TV Anhanguera sobre os desafios do tratamento.

“Foi uma dificuldade enorme, pois minha esposa e minhas filhas tiveram que voltar para o Pará e eu fiquei aqui separado. Ela veio e falou que doaria o rim dela. Eu só tenho a agradecer a ela por tudo, pois é um órgão muito difícil de conseguir”, contou.

Rosane, de 49 anos, doa rim para marido de 72 anos no Hospital Geral de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Transplantes no HGG

Desde 2017, a Unidade de Transplantes do HGG já realizou quase 900 transplantes de rim. Em março, foram 13 operações. Com esses números, o hospital afirma ser o maior no Centro-Oeste em transplantes renais.

“É uma vida nova. Eu sempre falo para os pacientes que receberam um rim, ainda mais em uma situação dessa de transplante entre vivos, é ganhar um presente”, afirmou o médico Rodrigo Lima.

FONTE: g1 Goiás

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