CRIMES RACIAIS – Com conceito Delegacia Escola, PCGO cria grupo de combate a crimes contra minorias.
O Geacri vai atuar não somente no âmbito criminal, mas também na conscientização da população e resgate da cidadania das vítimas de racismo, discriminação e intolerância, seja ela por cor, etnia, religião, condição, orientação sexual ou identidade de gênero. O governador Ronaldo Caiado participará da inauguração.
Roberto Naborfazan**
A Polícia Civil de Goiás criou recentemente um novo grupo, com o objetivo de promover a repressão a crimes de ódio, cuja inauguração acontece na próxima segunda-feira (16), as 10:30 da manhã, em prédio anexo à Escola Superior da Polícia Civil, com presença do governador Ronaldo Caiado. A intenção do Grupo Especializado no Atendimento à Vítima de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri) é reunir, em uma unidade especializada, as investigações sobre crimes de injúria racial, homofobia e demais delitos envolvendo práticas de intolerância ou discriminação contra minorias.
Em formato Delegacia Escola, o grupo vai ainda capacitar policiais que atuarão na unidade, assim como servidores de demais delegacias, uma iniciativa inédita no Brasil. Com isso, a Polícia Civil de Goiás espera dar respostas a condutas que, até pouco tempo, não eram consideradas criminosas e que, por vezes, não recebiam a devida atenção das autoridades, além de reforçar nos servidores os conceitos de empatia e tolerância, com foco no reconhecimento das diferenças.
O grupo especializado deve atuar não só no âmbito criminal, mas também na conscientização da população e resgate da cidadania das vítimas de racismo, discriminação e intolerância, seja ela por cor, etnia, religião, condição, orientação sexual ou identidade de gênero. A iniciativa também vem atender a uma necessidade comprovada por estatísticas recentes.
De acordo com números divulgados no 15º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado no último dia 15 de julho, houve aumento de 29,8% nos crimes de racismo no país no ano passado, em comparação com 2019. O documento também registra crescimento, em escala nacional, das ocorrências de prática de crimes contra a população LGBTQI+ e de estupro de, respectivamente, 24,7% e 20,9%.
Segundo o delegado-geral da PCGO, Alexandre Pinto Lourenço, especialista em Direitos Humanos, a criação do Geacri vem não somente responder ao anseio da sociedade por mais justiça para uma parte especialmente vulnerável da população, mas também na conscientização da população e resgate da cidadania das vítimas de racismo, discriminação e intolerância, seja ela por cor, etnia, religião, condição, orientação sexual ou identidade de gênero.
“Vivemos em tempos nos quais é necessário que a prática de valores como a tolerância e de um sentido mais profundo de cidadania são inseparáveis das atividades do setor de segurança pública”, salienta.
Com a unidade, que será chefiada pelo delegado Joaquim Adorno, a Polícia Civil espera dar respostas a condutas que, até pouco tempo, não eram consideradas criminosas e que, por vezes, não recebiam a devida atenção das autoridades.
Serviço
Assunto: Governador Ronaldo Caiado inaugura Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri) da Polícia Civil
Quando: Segunda-feira (16/08), às 10h30
Onde: Anexo da Escola Superior da Polícia Civil – Av. Planalto, Jardim Bela Vista, Goiânia (GO)
***Com informações da Polícia Civil do Estado de Goiás.
Excelente iniciativa.
Parabéns ao governo do Estado e à Polícia Civil, na pessoa do dr. Alexandre Pinto Lourenço, pela instituição do Geacri, que além das funções próprias de investigação e combate aos crimes de sua competência, atuará também na capacitação de policiais e conscientização da população, imprimindo assim maior eficácia, perfeição e rendimento na busca de resultados.
O preconceito, seja ele qual for, é um vício social abominável !!
As ofensas preconceituosas e desprezíveis que se vê todos os dias, sobretudo nas redes sociais, contra nossos irmãos negros, gordos, homossexuais, deficientes físicos, etc, são próprias de pessoas frustradas, de almas pequenas, criaturas sem luz, que para se afirmarem na vida como homens ou mulheres procuram transferir para outrem seus próprios fracassos, defeitos e frustrações.
O ideal seria que cada um vivesse sua própria vida sem se intrometer na vida dos outros, sem julgar os outros por causa de sua cor, condições físicas, crenças, escolhas, costumes ou tradições.