Acusados de matar prefeito vão a júri/Monte Alegre de Goiás

Carolina Zafino

O juiz da comarca de Campos Belos, Fernando Oliveira Samuel, encaminhou a júri popular Luiz Carlos Medeiros, Antônio Pereira Damasceno, José Roberto Macedo Pinheiro e Floriano Barbo Rodrigues Neto, acusados de matar o então prefeito do município de Monte Alegre, José da Silva Almeida. O fato ocorreu em 26 de agosto de 1999, por volta da meia noite, quando o prefeito foi baleado dentro de casa, localizada à Avenida Santo Antônio, nº 1, Centro, em Monte Alegre.
Segundo o magistrado, está clara na denúncia a indicação daqueles que, em tese, são os executores e os mandantes do delito. Ele ainda esclarece que a demora para a conclusão da primeira fase do procedimento se deu por causa da complexidade do fato, diante do número de réus e a necessidade de expedição de muitas cartas precatórias, e da necessidade de solicitação de advogados para defender os acusados. “A produção de provas foi encerrada no ano de 2006 e o processo estagnou durante cinco anos em busca de advogados que aceitassem fazer a defesa”, ressalta Samuel.
De acordo com os autos, o então vice-prefeito de Monte Alegre, Antônio Pereira Damasceno, e seu cabo eleitoral, José Roberto Macedo, planejaram o assassinato do prefeito, com o propósito de proveito político. Para isso, contrataram os acusados Manoel Izídio, Luiz Carlos Medeiros e outra pessoa identificada por “Aldo” , em Goiânia, para a execução do crime. No retorno para o interior, Antônio e José Roberto acomodaram os executores na Fazenda Paineras, localizada às margens do Rio Paranã, município goiano de Teresina. Ainda segundo denúncia, Floriano Barbo, então ocupante do cargo de motorista junto a Diretoria Geral da Polícia Civil, lotado em Monte Alegre, ciente da empreita, levava mantimentos, bebidas e utensílios domésticos para a fazenda, enquanto os executores aguardavam ordem para o crime. Um dia antes do fato, José Roberto trouxe Manoel, Luiz Carlos e Aldo para Monte Alegre, no carro de Floriano, um Fiorino de cor branca, além de um Kadett, de cor branca, pertecente a Antonio Carlos Damasceno e uma caminhoneta F-1000, cor vinho, de procedência desconhecida.
Consta ainda na denúncia que os acusados Manoel, Luiz Carlos e Aldo (ou William) rondaram a casa da vítima, aguardando o melhor momento, e por volta da meia noite do dia do fato, dois deles desceram em frente à casa da vítima e acionaram a campainha, sendo que, antes de o prefeito abrir totalmente a porta, os executores forçaram a entrada e um dos acusados dominou a vítima, enquanto outro, que estava encapuzado, atirou três vezes, atingindo-a na cabeça, no nariz e no pescoço. Logo após, os executores tentaram fugir, mas foram interceptados pela Polícia Militar, mas só Luiz Carlos foi preso em flagrante. Durante o processo, foi juntada certidão de óbito de Manoel Izídio Filho, que faleceu em Goiânia após o crime.

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Um comentário em “Acusados de matar prefeito vão a júri/Monte Alegre de Goiás

  • 26 de maio de 2011 em 16:04
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    O artigo esta bem detalhado, muito bom!
    Gostaria de saber se o mesmo e rescente e se há ?

    Aguardo Resposta.

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