Alto Paraíso ainda vive a tristeza de sua ausência
Divaldo Rinco
Um ano após ter seu prefeito, Divaldo William Rinco, assassinado, a população do município de Alto Paraíso ainda vive angustiada por sua ausência e pela morosidade da justiça em dar fim ao triste episódio.
A família do ex-prefeito dá prosseguimento aos negócios pessoais e se mantém alerta ao legado político herdado do valoroso líder.
Roberto Naborfazan
As marcas da tragédia que se abateu sobre a comunidade de Alto Paraíso, município que compõem a Chapada dos Veadeiros, no dia 02 de setembro de 2010, ainda são visíveis no rosto da maioria dos cidadãos de bem. A morte brutal do ex-prefeito Divaldo William Rinco está cravada na memória dessas pessoas como um dos episódios mais tristes da historia daquela gente. A pergunta não se cala, porque tamanha violência?
Exatamente um ano depois, a população ainda aguarda que a justiça puna os culpados para que se feche a ferida provocada pelo assassinado covarde e traiçoeiro de uma de suas mais expressivas lideranças.
Uma verdadeira romaria ao túmulo de Divaldo aconteceu no dia 02 de setembro último. Preces foram ouvidas dos lábios de pessoas de todos os segmentos religiosos em louvor ao espírito do jovem líder assassinado, muitos ainda comovidos e emocionados não deixaram de exprimir sua dor através do pranto.
Depoimentos de amigos e companheiros políticos foram externados nos microfones da Rádio Paraíso FM, que dedicou programação especial.
Em uma só voz, companheiros afirmaram que o projeto político para o município, programado por Divaldo Rinco, prossegue e prosseguirá, pois nele está contido o caminho para o progresso e o desenvolvimento sustentável de Alto Paraíso.
Familiares do ex-prefeito, presentes e atentos aos acontecimentos, seguem suas vidas e seus negócios.
Irmão dileto de Divaldo, o engenheiro florestal Marcus Adilson Rinco dá prosseguimento ao plantio e exploração da floresta de eucalipto na fazenda Posse, atividade principal da família. Respaldado, em Alto Paraíso, pelo patriarca da família, “Seo” Andalecio e por seu filho Marcel, enquanto suas irmãs dão sustentação aos negócios no escritório da empresa em Brasília-DF. Dona Romilda, mãe amorosa de toda a prole, mantém sua serenidade e equilíbrio a frente da Associação Beneficente Espírita Paulo de Tarso, em Alto Paraíso.
Combalida pela dor, mas persistente em sua luta, Danúsia Stela Bravim Rinco, viúva de Divaldo, se alterna em atenção às filhas Lorena e Milena, que fazem faculdade em Brasília e os negócios na fazenda, comandados pela filha Natália. A psicultura e a implantação de um grande Parreiral (sonho maior do visionário Divaldo Rinco) são as atividades principais.
Esse labor mantém acessa a chama da união familiar e isso era a grande razão de ser de Divaldo Rinco.
Todos os membros da família, no entanto, não se omitem quando são chamados a responder pelo legado político herdado de sua liderança política maior. Sem exceção, os familiares de Divaldo estão sempre presentes nas atividades que possam gerar benefícios e melhorias para a comunidade como um todo.
Acostumada com a rotina política, acompanhou Divaldo em todas as suas ações que o levaram a se eleger em três ocasiões como prefeito de Alto Paraíso, Danúsia Rinco está sempre próxima de sua gente, sempre ladeada pela filhas, que carregam o carisma e a velocidade de raciocínio para agir em nome do bem que tinha o pai.
Questionado em que visão tem do atual momento administrativo, Marcus Rinco afirma que o prefeito Álan Barbosa tem procurado dar prosseguimento ao projeto administrativo criado por Divaldo. Reconhece que apesar de estar sendo preparado para assumir o cargo de chefe do executivo municipal, Álan Barbosa foi pego de surpresa, como todos, com a partida prematura de Divaldo, tendo que assumir de forma abrupta, mas tem suportado o peso de tamanha responsabilidade e vem desempenhando a contento a função de Prefeito.
Sobre a sucessão em 2012, Marcus Rinco reafirma o compromisso de toda a sua família com os projetos do grupo. “Divaldo dedicou sua vida ao município de Alto Paraíso e a valorização da região nordeste de Goiás como um todo. Nos mostrou, em diversas ocasiões, que toda decisão deve ser tomada pelo grupo político e nunca isoladamente, não iríamos agora fugir desse compromisso. Estamos atentos, todos nós familiares do Divaldo. Sabemos do peso do legado político que ele nos deixou, da confiança que a maioria da população deposita em nossa família, do amor e da fraternidade que nos liga a população em geral. Caminhamos unidos, familiares e companheiros políticos, e iremos referendar a decisão tomada pelo grupo”. Finaliza
Sopa da paz
Uma das iniciativas tomadas no dia 02 de setembro, para marcar a data da morte de Divaldo Rinco, foi a parceria entre o executivo municipal (através da Secretaria da Rede de Proteção Social) e a Associação Paulo de Tarso, comandada por dona Romilda, que oferecerá sopa para toda a comunidade, de segunda a sexta-feira, a partir das 17 horas. A distribuição acontece Rua 06, na cidade alta.
A ação foi denominada de “Sopa da Paz”, segundo dona Romilda, porque sua função não será de alimentar apenas o corpo, mas também fortalecer o real sentido de cidadania na consciência de cada pessoa.