VIOLÊNCIA E FUGA TERMINARAM EM MORTE – Latrocidas enfrentam PM e são abatidos no nordeste goiano.
Forças policiais de cinco municípios atuaram em ação conjunta que resultou na localização de autores de latrocínio (roubo seguido de morte) e roubo em zona rural de Água Fria de Goiás e Colinas do Sul. Um caseiro foi cruelmente assassinado pelos bandidos; dois deles também morreram em confronto com as forças de segurança.
Roberto Naborfazan
Uma ação rápida e integrada entre unidades da Polícia Militar de diversos municípios do Norte e Nordeste goiano resultou, na madrugada do último sábado (2), na morte de dois criminosos considerados altamente perigosos. A dupla estava envolvida em uma série de crimes violentos nos municípios de Água Fria de Goiás e Colinas do Sul, incluindo um latrocínio — roubo seguido de morte — cometido com extrema crueldade.
As diligências começaram após o roubo de um veículo na zona rural de Água Fria, ocorrido em 30 de julho. De acordo com as vítimas, três indivíduos armados e violentos renderam os moradores e levaram um Fiat Bravo, de placa LND-2011. No dia seguinte, o grupo teria se deslocado até a cidade de Colinas do Sul, onde invadiu uma propriedade rural e assassinou friamente o caseiro do local durante um novo roubo. Imagem é forte e chocante.

Com base em informações do serviço de inteligência, as equipes da Companhia de Policiamento Especializado (CPE) de Porangatu, Uruaçu e Formosa, além de patrulhas da 14ª CIPM de Alto Paraíso de Goiás e da 11ª CIPM de Niquelândia, iniciaram uma força-tarefa para localizar os envolvidos. O veículo utilizado na fuga foi encontrado abandonado nas proximidades do povoado do Moinho, em Alto Paraíso de Goiás.
A partir da localização do automóvel, e com base em denúncias coletadas pelo serviço de inteligência sobre a possível fuga dos suspeitos em direção à cidade de São João da Aliança, a PM intensificou o patrulhamento e montou bloqueios na GO-118, principal rota de saída da região.
Confronto armado e neutralização
Por volta das 2h da madrugada, durante patrulhamento entre Alto Paraíso de Goiás e São João da Aliança, as equipes da CPE 90 e CPE Alfa avistaram dois homens com características semelhantes às dos suspeitos. Um deles vestia uma gandola camuflada do Exército; o outro usava camisa escura. Ao perceberem a aproximação dos policiais, os indivíduos ignoraram as ordens de parada e abriram fogo contra os agentes.

Em resposta à agressão injusta, as equipes da CPE revidaram. No confronto, ambos os criminosos foram baleados. O Corpo de Bombeiros foi acionado e prestou socorro imediato, mas os dois vieram a óbito a caminho do hospital, conforme constatado pela equipe médica de plantão.
No local do confronto, foram apreendidos dois revólveres calibre .38 — um com a numeração suprimida e outro com número de série identificado —, ambos com todas as munições deflagradas. Também foi recolhido um aparelho celular danificado.

Investigação e desfecho
As armas foram apresentadas na Delegacia de Polícia Civil de Alto Paraíso de Goiás, que ficará responsável pela continuidade das investigações. A ocorrência foi registrada como “morte por intervenção de agente de segurança pública”, conforme prevê a legislação em casos de legítima defesa. Também foi tipificado o crime de porte ilegal de arma de fogo, conforme o artigo 14 do Estatuto do Desarmamento.

A operação foi considerada um êxito pelas autoridades, que destacaram a importância da cooperação entre unidades especializadas e comandos regionais da Polícia Militar para o desfecho da ocorrência, além da resposta firme diante da extrema violência empregada pelos criminosos.
A atuação firme, coordenada e célere das forças de segurança foi amplamente reconhecida pela população da região, especialmente diante da sensação de insegurança causada pelos crimes brutais praticados pelos suspeitos. Em redes sociais, moradores de Alto Paraíso de Goiás, Colinas do Sul e Água Fria de Goiás parabenizaram a resposta imediata da Polícia, e destacaram a importância da presença ostensiva e da resposta imediata das equipes no combate à criminalidade. Para muitos, a operação foi um exemplo de eficiência e proteção à sociedade, fortalecendo a confiança nas instituições de segurança pública.