VIDA DE LUXO – Mulher é presa suspeita de fingir ter câncer para aplicar golpes para fazer procedimentos estéticos

Kamilla Morgana usava uma bandana na cabeça para sensibilizar as vítimas. Ela conseguiu doações em dinheiro, cessão de crédito e serviços de graça, diz polícia.

Por Augusto Sobrinho**

Uma mulher foi presa suspeita de fingir ter câncer terminal e lúpus para aplicar golpes e realizar procedimentos estéticos, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Segundo a Polícia Civil (PC), ela conseguiu doações em dinheiro, cessão de crédito e serviços de graça.

Kamilla Morgana, de 29 anos, foi presa nesta terça-feira (30). Em nota, a defesa disse que a cliente sofre de “severos problemas psicológicos” e faz uso de medicações controladas, “o que compromete sua consciência sobre seus próprios atos”.

Ao g1, o delegado contou que Kamilla aplicava os golpes em amigos, parentes e outras pessoas próximas, que desconfiaram das doenças e denunciaram o caso à polícia. Segundo Souza, até a escola da filha dela chegou a arrecadar doações em dinheiro e transferir para ela por Pix.

Kamilla Morgana fingia ter câncer terminal e lúpus para aplicar golpes e realizar procedimentos estéticos.

“São várias vítimas em valores diversos. Ela aplica golpe em prestador de serviços, professor e escola, tudo o que ela conseguia. Ele pagava cartão de crédito emprestado e não pagava. Os golpes eram contra amigos, familiares e pessoas próximas, ela não tinha problema com isso”, disse.

Nas mensagens enviadas às vítimas, Kamilla disse que, apesar de o plano de saúde supostamente não cobrir o tratamento que ela dizia fazer, o procedimento era reembolsável. No entanto, ela alegava necessidade de urgência do tratamento.

“Preciso fazer o procedimento o mais rápido possível. Dos R$ 48 mil meu pai conseguiu boa parte, a questão é que já estamos esperando reembolso do plano. Gastamos quase R$ 500 mil na últina internação e ainda falta mais de 20 dias parao o reembolso”, escreveu Kamilla na mensagem.

Nas mensagens enviadas às vítimas, Kamilla disse que, apesar de o plano de saúde supostamente não cobrir o tratamento que ela dizia fazer, o procedimento era reembolsável.

“Não tive outra opção do que pedir ajuda às minhas clientes mais próximas. Eu preciso de R$ 15 mil ainda”, completou.

Segundo o delegado, Kamilla não tinha nenhuma doença, mas usava uma bandana na cabeça para sensibilizar as vítimas. Disse ainda que a investigada não trabalhava e ostentava uma vida de luxo com o dinheiro das doações. “Ela já chegou a morar em um apartamento de luxo”, finalizou.

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