VELOCIDADE CONTROLADA – Instalação de ondulações transversais (quebra-molas) em novo trecho da GO 118 volta a revoltar usuários. LEIA NOTA DA GOINFRA.
A retomada da instalação de ondulações transversais (quebra-molas) em novo trecho da GO-118, entre Alto Paraíso de Goiás e Campos Belos, voltou a gerar revolta entre usuários da rodovia mais movimentada entre Brasília e Palmas, reacendendo uma polêmica antiga que envolve decisão judicial, segurança viária, preservação da fauna e fortes críticas da população da Chapada dos Veadeiros.
Roberto Naborfazan
Uma demanda que, judicialmente, se iniciou em 2018, com desdobramentos efetivos realizados em 2021, volta a provocar polêmica e alvoroço na região da Chapada dos Veadeiros, no nordeste goiano.
Trata-se da instalação de ondulações transversais (quebra-molas) na GO 118 (BR-010) no trecho entre São João d’Aliança e Campos Belos-GO. A GO 118 é a rodovia mais utilizada para quem transita entre Brasília (DF) e Palmas (TO).
Diversos moradores dos municípios de Alto Paraíso de Goiá, Teresina de Goiás, Monte Alegre de Goiás e Campos Belos – GO foram as redes sociais para se posicionarem contra a instalação desse tipo de redutor de velocidade.
Um vídeo publicado pelo empresário Joselito Rodrigues Costa no Instagram, se posicionando contra e argumentando dos perigos causados com a instalação dos quebra-molas no trecho entre Alto Paraíso de Goiás e Campos Belos – GO, já conta com mais de 22 mil visualizações. VEJA O VÍDEO ABAIXO.
Joselito já havia feito outro vídeo, com mais de 70 mil visualizações, contestando as ondulações transversais instaladas entre São João d’Aliança e Alto Paraíso de Goiás.
Polêmica antiga
Em 4 de maio de 2021, o Jornal O VETOR publicou a reportagem POLÊMICA NA ESTRADA – Ação judicial obriga GOINFRA a instalar 20 redutores de velocidade nas GOs 118 e 239. Moradores alertam para perigo de acidentes. (clique e leia a íntegra.)
Vinte e seis dias depois, em 30 de maio, quando os quebra-molas já estavam sendo instalados no mesmo trecho da GO 118 e também na Estrada Parque Divaldo William Rinco (GO 239) entre Alto Paraíso de Goiás e o distrito de São Jorge (rumo à Colinas do Sul) voltamos ao assunto por meio da reportagem ANIMAIS NA PISTA – Passagens de fauna serão instaladas nas GOs 118 e 239, em Alto Paraíso de Goiás. (clique e leia a íntegra.)
Quatro meses depois, em setembro de 2021, o Jornal O VETOR mostrou a sequência do andamento das obras e a, ainda, grande revolta dos usuários da rodovia por meioda reportagem REDUTORES DE VELOCIDADE – Atendendo determinação judicial, Goinfra instala quebra-molas nas GOs 118 e 239. (clique e leia a íntegra.)
Como se vê, tanto o andamento das obras, quanto as reclamações vêm de um longo tempo e são recorrentes.
Origem das instalações das ondulações transversais (quebra-molas)
Em fevereiro de 2021, o Juiz Federal Doutor Thadeu José Piragibe Afonso, Juiz Substituto da Vara Federal Cível da SSJ de Formosa – GO, deferiu o pedido de tutela antecipa na Ação Civil Pública Cível interposta pela Associação dos Amigos das Florestas, determinando, entre outras medidas, a implantação Sete redutores de velocidade na GO-118 e Treze na GO-239, tipo ondulações transversais (quebra-molas), ao longo dos trechos que contemplam o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
Em maio, como já citamos acima, a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) deu sequência ao cumprimento da sentença.
Veja a baixo trecho da sentença.
Portanto, neste mês de dezembro, a Goinfra retorna ao cumprimento da sentença e deu início aa obras no restante do trecho da GO 118, conforme Nota da empresa enviada ao Jornal O VETOR após demanda apresentada por nossa reportagem.
Leia íntegra da nota abaixo.
NOTA À IMPRENSA (Jornal O VETOR)
Sobre os questionamentos referentes aos redutores de velocidade instalados na GO-118, a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) informa o que se segue:
– A instalação das ondulações transversais (redutores físicos de velocidade) na GO-118, no trecho entre Alto Paraíso de Goiás, Teresina de Goiás, Monte Alegre de Goiás e Campos Belos, decorre de determinação judicial, com participação do Ministério Público Federal (MPF), como medida mitigadora emergencial para redução de atropelamentos de fauna silvestre em trechos críticos da rodovia, identificados por estudos técnicos que apontam elevada mortalidade de animais, inclusive espécies ameaçadas de extinção, na região da zona de amortecimento do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
– O objetivo é reduzir a velocidade dos veículos em pontos sensíveis, minimizando o risco de colisões com a fauna até que as soluções estruturais permanentes estejam concluídas.
– O impacto ambiental decorrente de eventuais aumentos pontuais de frenagem é considerado significativamente inferior aos impactos causados pela mortalidade recorrente da fauna silvestre, especialmente em um corredor ecológico sensível. Além disso, a medida é temporária e mitigadora, adotada enquanto se avançam as soluções definitivas de engenharia (passagens de fauna).
– Importante destacar que a rodovia em questão encontra-se em processo de federalização, passando gradualmente à jurisdição do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Nesse contexto, eventuais substituições ou complementações das medidas atualmente implantadas, incluindo a adoção de soluções eletrônicas ou estruturais, poderão ser avaliadas nas etapas subsequentes pelo órgão federal responsável, conforme a evolução dos projetos, dos contratos e do processo de transição de gestão da via.
– Reforçamos ainda que, além das ações de infraestrutura, o respeito às leis de trânsito, a atenção aos limites de velocidade das vias e a conscientização de motoristas são fundamentais para um trânsito mais seguro para todos.
Goiânia, 17 de dezembro de 2025
Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes – Goinfra
