Trem Goiânia-Brasília: Assinatura de protocolo dá novo impulso

De acordo com estudos preliminares de viabilização da malha ferroviária Goiânia-Brasília, a expectativa é que o trajeto de 190 quilômetros entre as duas capitais seja feito em uma hora

Protocolo de Intenções que tem por objetivo unificar ações e definir as regras para os estudos iniciais e a modelagem para concessão e operação da linha foi assinado no dia 28, na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, em Brasília.

A viabilização da linha de trem Brasília-Anápolis-Goiânia para uso misto (transporte de carga e passageiro), defendida pelos governos de Goiás e do Distrito Federal e que conta com o aval do governo Federal, ganhou novo impulso na manhã do dia 28. Na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT – foi assinado o Protocolo de Intenções que tem por objetivo unificar ações e definir as regras para os estudos iniciais e a modelagem para concessão e operação da linha. No mesmo ato foi instituído um Comitê Técnico da Ferrovia, sob a coordenação da Sudeco, ao qual caberá avaliar todos os estudos e projetos já realizados e gerir as ações previstas pelo grupo.
O Protocolo de Intenções foi assinado pelo governador Marconi Perillo, pelo vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filipeli, pelo secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Alexandre Navarro Garcia, pelo secretário de gestão de programa de transportes do Ministério dos Transportes, Giuliano Molinero, pelo diretor-superintendente da Sucedo, Marcelo Dourado, pelo diretor-geral da ANTT, Ivo Borges de Lima, pelo diretor-presidente da Valec, José Eduardo Saboia Castello Branco, e pelo Diretor-Geral de infraestrutura do Dnit, Mário Dirani.
De acordo com estudos preliminares de viabilização da malha ferroviária Goiânia-Brasília, a expectativa é que o trajeto de 190 quilômetros entre as duas capitais seja feito em uma hora, com velocidade média de 150 Km/h.
Diretor superintendente da Sudeco, Marcelo Dourado disse que estudos do IBGE e do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, apontam que até 2027 a região terá 20 milhões de habitantes e será a segunda conurbação do país e a região brasileira com um dos maiores PIBs per capita, daí a importância do trem para o transporte de cargas e passageiros.
Em seu pronunciamento, o governador Marconi Perillo acrescentou que o eixo Goiânia-Anápolis-Brasília já conta com quase 7 milhões de habitantes e que, até 2025, deverá registrar uma concentração populacional estimada em 20 milhões de pessoas. “Essa ferrovia vai possibilitar uma maior integração dessa população nas áreas cultural, educacional e econômica”, salientou.
Marconi considera que o projeto não é difícil de ser concretizado. Ele estima que a obra total, hoje, tem custo de R$ 700 milhões. Pra viabilizar os recursos, se disse disposto a destinar toda a quota de Goiás do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste, cujo valor para todos os estados da região deve alcançar R$ 1,5 bilhão.
Dirigindo-se ao superintendente da Sudeco, o governador o autorizou a destinar toda a verba que caberá a Goiás para os projetos das ferrovias Brasília-Luziânia e Brasília-Goiânia. “Estamos colocando Goiás à disposição para compor a cesta de recursos para viabilizar o projeto. Colaboro com pelo menos R$ 100 milhões para o projeto. Se os demais parceiros colaborarem também, fica mais fácil para viabilizarmos os recursos necessários e colocar os trens nos trilhos em menos de quatro anos”, declarou.
A solenidade foi prestigiada ainda pela senadora Lúcia Vânia, de Goiás, e pelos senadores Rodrigo Rolemberg e Gim Argelo, do Distrito Federal.

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