TEMPO SECO – Baixa umidade intensifica problemas de pele. Veja como se proteger.

Umidade em Goiás chega a 10%, muito abaixo do recomendado pela OMS, e exige cuidados redobrados. Dermatologista do HDT alerta para os riscos do ressecamento e dá dicas para manter a saúde da pele durante o período de baixa umidade.

Roberto Naborfazan

Com a umidade relativa do ar em níveis críticos em Goiás — em alguns dias atingindo apenas 10%, quando o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 60% —, os impactos vão muito além do desconforto respiratório. O ressecamento da pele é uma das consequências mais comuns e pode agravar doenças dermatológicas pré-existentes.

A dermatologista do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), unidade do Governo de Goiás gerida pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), Nayana Aveiro, explica que a baixa umidade reduz a quantidade de água nas camadas superficiais da pele, prejudicando sua barreira protetora. “A pele fica áspera, descamando, às vezes com coceira, e há risco de agravamento de condições como dermatite atópica, dermatite de contato e psoríase”, ressalta.

Nosso corpo é composto predominantemente de água, mas, para que ela esteja presente em quantidade suficiente, é preciso ingeri-la em boas quantidades diárias. Além dos benefícios para a pele em si, a saúde do seu corpo como um todo ficará melhor.

Entre os problemas mais frequentes neste período estão o prurido (coceira) inespecífico, rachaduras nos lábios e fissuras em pés e mãos. Para prevenir esses sintomas, a médica orienta manter hábitos simples, mas essenciais. “O ideal é beber mais água, evitar banhos quentes e demorados, preferir sabonetes suaves, hidratar a pele logo após o banho e usar roupas leves para reduzir o atrito”, detalha.

O uso de hidratantes deve ser diário, pelo menos uma vez ao dia no corpo todo, e repetido em áreas mais ressecadas. Produtos mais consistentes, sem fragrância, são preferíveis por apresentarem menor risco de irritação. “A ureia é uma boa opção para áreas de pele íntegra ou mais espessa. Fórmulas que combinam ureia, ceramidas, lactatos ou ácido hialurônico garantem excelente hidratação”, recomenda Nayana.

O recomendado neste período, além de beber bastante água, é evitar banhos quentes, hidratar a pele constantemente e usar roupas leves, para reduzir o atrito. FOTOS: Iron Braz e Freepik

A especialista lembra que a pele do rosto e do corpo têm necessidades diferentes. “O corpo, geralmente, exige produtos mais densos. Já a face se beneficia de loções oil free ou géis aquosos, ideais para peles oleosas ou acneicas”, explica. Lábios e áreas sensíveis, como ao redor dos olhos, precisam de produtos específicos e hidratação frequente.

Outro alerta é para o uso prolongado de ar-condicionado ou ventiladores, que reduzem ainda mais a umidade do ar. Nestes casos, a médica sugere intensificar o uso de hidratantes e, sempre que possível, associar umidificadores. Crianças e idosos requerem atenção especial. A pele infantil é mais sensível e suscetível à irritação, enquanto a dos idosos, naturalmente mais seca, pode precisar de hidratantes mais potentes.

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