Telecomunicações: Centro de monitoramento permitirá que Anatel amplie fiscalização
Agência Brasil
A Agência Nacional Telecomunicações (Anatel) pretende ampliar e melhorar a infraestrutura de seu centro de monitoramento de redes para tornar mais eficiente o funcionamento das redes de telecomunicações das operadoras presentes no mercado brasileiro.
Nesse centro deverão ser integrados os sistemas de todas operadoras de modo que sejam identificados o quanto antes problemas que possam prejudicar a prestação dos serviços.
“Queremos dar cada vez mais qualidade [aos serviços de telefonia e banda larga] e controle das redes de operadoras, em um tempo muito mais curto do que o atual. E queremos fazer isso em tempo quase real”, informou o vice-presidente da Anatel, Jarbas Valente.
O monitoramento conjunto já foi testado e aprovado na época da Copa do Mundo. Com ele, será possível detectar e, consequentemente, corrigir eventuais erros nas redes. “Hoje monitoramos de forma sistemática, mas cada um [cada operadora] com aplicativos e sistemas diferentes e não integrados. Agora, todos estarão integrados em um sistema só, o que me permite saber, por exemplo, se uma determinada antena móvel está chegando perto do nível de congestionamento, que é em torno de 60% da capacidade”, explicou Valente.
“Se [alguma antena] começar a chegar ou chegar sistematicamente perto desse ponto, a Anatel poderá cobrar da operadora a ampliação da capacidade com mais antenas ou que melhore sua estrutura de rede, para evitar que problemas aconteçam”, acrescentou. Caso não cumpram as determinações da agência, as operadoras correm risco de ser punidas.
A Anatel pretende ampliar as áreas de atuação do centro de monitoramento para além dos serviços de voz e de dados móveis. A expectativa é de que até o final do primeiro semestre do ao que vem, o centro fiscalize também operadoras de TV por assinatura, além das conexões de dados de telefonia e internet fixas.
“Já temos sistemas que monitoram a TV aberta. A ideia é integrar tudo. Começamos pela telefonia móvel. Depois vêm a telefonia e a banda larga fixa, que já têm parte pronta. Em seguida será o SeAC [Serviço de Acesso Condicionado, em geral obtido a partir da contratação de pacotes de canais audiovisuais] e, por último, os sistemas de rede aberta. O prazo para integração é até o primeiro semestre do ano que vem”, disse Valente.
“Nosso objetivo é trabalhar em conjunto com as operadoras para evitar degradação do sistema. Além disso, em casos de catástrofe, as interrupções serão reportadas à Anatel em prazo máximo de meia hora”, acrescentou.