SETORES PRODUTIVOS – Conselho do FCO aprova R$ 113 milhões em empréstimos ao agronegócio goiano

Valor equivale à soma dos recursos previstos em 108 cartas-consultas aprovadas durante reunião realizada na última terça-feira (17/05), em Goiânia. Pedidos de outros segmentos da economia foram retirados de pauta, já que governo busca redução de encargos.

Roberto Naborfazan**

Em mais uma reunião Ordinária do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE) e Câmara Deliberativa do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), realizada na última terça-feira (17/05), em Goiânia, foram aprovadas 108 cartas-consultas para empréstimos que totalizaram R$ 113,5 milhões destinados ao agronegócio. A previsão é de que 341 novos empregos diretos sejam gerados em 55 municípios goianos.

Jataí lidera a lista de maiores valores autorizados para financiamentos. Entre os quinze primeiros estão também Rio Verde, Goiatuba, Montividiu, Vicentinópolis, Edealina, Goiás, Inaciolândia, Porangatu, Silvânia, Novo Planalto, Itumbiara, Doverlândia, Nova Crixás e Cachoeira Dourada.

As atividades contempladas são: Produção de grãos, bovinocultura de corte, cana-de-açúcar, bovinocultura de leite e suinocultura. A maior demanda dos proponentes é por máquinas e implementos agrícolas.

As atividades contempladas são: Produção de grãos, bovinocultura de corte, cana-de-açúcar, bovinocultura de leite e suinocultura. A maior demanda dos proponentes é por máquinas e implementos agrícolas.

Outros segmentos

O CDE também decidiu, a partir de uma solicitação do presidente do conselho e titular da Secretaria da Retomada, César Moura, pedir vistas de todas cartas, 21 no total, que seriam deliberadas para o setor empresarial não-rural. A decisão foi tomada como forma de manifestar insatisfação com os atuais encargos financeiros incidentes sobre as operações de crédito para outros segmentos da economia.

Segundo Moura, esperava-se que os juros para essa modalidade de financiamento fossem próximos dos cobrados para o setor rural. No entanto, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu taxas com variação entre 8,62%, mínimo; e o máximo, para capital de giro, que chega a 17,08%, o que inviabiliza o crédito para muitas empresas.

Para resolver a situação, de acordo com o subsecretário de Fomento e Competitividade da SIC, Wendel Garcia, o conselho vai pedir ao Conselho Nacional de Desenvolvimento (Condel) a revisão de metodologia de cálculo das taxas. “O Governo de Goiás, por intermédio do governador Ronaldo Caiado, fez a sua parte ao solicitar a mudança. Precisamos fortalecer o setor rural, sim. Mas também temos de dar condições para o empresariado que está nas cidades e precisa de propostas com juros mais em conta”, defendeu.

O fundo

O Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) foi criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei nº 7.827, de 27/09/1989. Seu objetivo é promover o desenvolvimento econômico e social dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal, mediante programas de financiamento aos setores produtivos.

É dividido em duas modalidades, FCO Empresarial e FCO Rural, abastecidas com recursos provenientes de alíquotas de 0,6% do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), bem como dos retornos dos financiamentos.

*** Com informações da Ascom da Secretarias da Retomada (Governo de Goiás).

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