PROJETO ABC NEFRO – Pacientes em hemodiálise concluem estudos após alfabetização dentro do hospital.

A conclusão do ensino fundamental foi possível por meio do Projeto ABC Nefro, iniciado em 2013, no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhã. Desde então, 13 pacientes já conseguiram concluir o ensino fundamental em meio às sessões de hemodiálise.

DA REDAÇÃO*

O sonho de concluir os estudos se tornou realidade para um grupo de pacientes, que fazem tratamento de hemodiálise em São Luís. Em vez da cadeira da sessão, desta vez, eles ocuparam o trono da formatura.

Para as fotos, as roupas do hospital deram lugar à beca, e o momento foi de celebração. Entre sorrisos e lágrimas, formandos e familiares comemoraram uma conquista que, para alguns, parecia inalcançável.

Não por falta de vontade, mas pelo desafio diário do tratamento. A rotina das sessões de hemodiálise causa desgaste físico e cansaço, o que torna o estudo ainda mais difícil.

Elane Cristina foi uma das pacientes que se formaram por meio do Projeto ABC Nefro, iniciado em 2013 — Foto: Reprodução/TV Mirante

“Passei por dias que eu não queria estudar, mas sempre me motivavam a estudar”, contou Elane Cristina.

Sandra Almeida, mãe de Railson Almeida, de 28 anos, não escondia o orgulho. Ele faz hemodiálise desde os 13 anos, chegou a receber um rim da mãe em um transplante, mas teve rejeição e precisou voltar ao tratamento. Sem estudar por uma década, ele conseguiu concluir o ensino fundamental graças às aulas oferecidas no hospital.

“A gente vem de muito longe, de muito sofrimento. Hoje é tudo diferente”, disse Sandra.

Com o diploma em mãos, Railson quer continuar com os estudos: “Agora que eu concluí, vou me matricular para tentar fazer o ensino médio”.

Sandra Almeida, mãe de Railson Almeida, de 28 anos, não escondia o orgulho. Ele faz hemodiálise desde os 13 anos. Foto: Reprodução/TV Mirante

A progressão nos estudos dos pacientes foi possível por meio do Projeto ABC Nefro, iniciado em 2013. A iniciativa oferece ensino para jovens e adultos dentro do ambiente hospitalar. Desde então, 13 pacientes já conseguiram concluir o ensino fundamental em meio às sessões de hemodiálise.

“A gente tá lidando com uma pessoa que está frágil, porque ela tem aquilo que é seu bem precioso, que é a vida, tocado por uma doença. É uma doença que requer dela uma ressignificação muito grande”, destacou a superintendente do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, HU-UFMA, Joyce Lages.

**FONTE: Por g1 MA e TV Mirante — São Luís

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