PREVENÇÃO A ABUSOS – MP capacita professores de Cavalcante e Teresina de GO com temas motivacionais.
Participaram do evento mais de 160 professores, reunidos no auditório do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti).
Cristina Rosa**
O Ministério Público de Goiás promoveu, por meio da Área de Infância, Juventude e Educação do Centro de Apoio Operacional e da Promotoria de Justiça de Cavalcante, no dia 22 deste mês de janeiro, uma formação para os professores da rede pública do município. A iniciativa integra as atividades do planejamento pedagógico, que são promovidas pela Secretaria de Educação de Cavalcante, voltada à elaboração das ações para este ano letivo.
No período da manhã, o professor Cléssio Bastos motivou os docentes, relatando seu próprio exemplo, como professor de escola pública rural, e sugerindo ações concretas que podem ser executadas na realidade local. A proposta da formação foi a de criar um ambiente que possibilitasse inspirar, motivar e capacitar os professores para os dilemas da vivência pedagógica.
No início da atividade, a promotora Úrsula Catarina Fernandes Silva Pinto destacou a importância do papel do professor, especialmente como agente de transformação social. Ainda no período matutino, as analistas em Psicologia do MP-GO Jaqueline Moreira Coelho e Juliana Borges Naves reuniram-se com conselheiros tutelares de Cavalcante e Teresina de Goiás. Elas falaram sobre diversos temas, em especial, a entrevista com as vítimas de abuso sexual, destacando cuidados para se evitar a revitimização ou a interferência nos relatos.
Lei do silêncio
No período vespertino, a promotora Úrsula Catarina iniciou os trabalhos falando da importância do rompimento da “lei do silêncio”, especialmente nos casos de abuso e exploração sexual. Ela também ponderou a importância do envolvimento de toda a sociedade no combate a estes crimes.
Em sua fala, a psicóloga Jaqueline apresentou uma visão geral sobre abuso sexual, com esclarecimentos sobre conceitos e explicação do que pode ser considerado abuso. Ela acrescentou que existem sinais que podem alertar os profissionais da educação para a possibilidade da ocorrência do crime.
Alguns mitos em relação a esta violência também foram igualmente abordados, como a ideia de que existe um perfil de agressor, ou a hipótese de responsabilização da vítima. Por fim, ela reforçou que, durante a abordagem, é importante cuidar para que não haja revitimização ou que o profissional faça interferências no depoimento da vítima.
**Assessoria de Comunicação Social do MP-GO
