NORDESTE GOIANO – Pavimentação da GO-110, entre Iaciara e povoado de Estiva, deve ter edital aprovado até o final de julho.

Projeto executivo desenvolvido pelo setor produtivo foi entregue ao presidente da Goinfra, Pedro Sales. Edital para contratar obra de implantação dos 50 quilômetros da rodovia, entre a sede do município e o povoado da Estiva, deve ser publicado dentro de aproximadamente 30 dias.

O Nordeste goiano está prestes a receber uma grande obra do Governo de Goiás, aguardada há mais de 40 anos pela população local. O presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales, recebeu o projeto executivo de engenharia para a pavimentação da GO-110, entre Iaciara e o povoado de Estiva, das mãos dos representantes do setor produtivo, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), no último dia 14.

Na ocasião, o gestor agradeceu às lideranças representativas e políticas pelo investimento de R$ 767,6 mil do Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec-Goiás) no documento, que elimina etapas fundamentais de um processo burocrático que, na esfera estatal, pode demorar anos, passando de um governo para outro. “Agora, não precisamos de mais do que 20 a 40 dias para concluirmos a análise feita pelos nossos profissionais e, na sequência, já partirmos para a publicação do edital”, projetou.

Sales enfatizou que essa colaboração representa um ganho de tempo precioso. “Se fôssemos fazer uma licitação para o projeto a partir da agência mesmo, esperaríamos, mais ou menos, três meses para esboçar a rodovia”, explicou. E reforçou: “por aqui, não é preciso obedecer ao prazo legal de uma concorrência pública, o que fortalece esse compromisso inadiável com todos os que acreditam na realização desse sonho”.

Dirigentes da Faeg e lideranças políticas entregam ao presidente da Goinfra, Pedro Sales, projeto para a pavimentação de 50 quilômetros da GO-110.

O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, destacou que não há dúvidas sobre o poder de transformação, de quebra de paradigmas, de um projeto como esse. “Isso nos proporciona uma sensação de pertencimento, um sentimento de que essa obra está saindo porque nós também depositamos a nossa parcela de contribuição”, disse, considerando revolucionária a nova atitude gerencial implantada pelo governador Ronaldo Caiado, que faz a sua parte e, ao mesmo tempo, dá espaço para a participação efetiva da população.

Vantagens

O diretor de Planejamento da Goinfra, Riumar dos Santos, vislumbra a concretização do benefício, que, inicialmente, vai totalizar 50 quilômetros em sentido longitudinal, representando um avanço muito amplo para a região, que é naturalmente rica, mas tem muitas necessidades. “Uma obra como essa fomenta não só as atividades que se desenvolvem ali, mas atrai novos investimentos em áreas de potencial crescente como o agronegócio, o turismo e o comércio”, observou.

De imediato, contou ele, a presença das frentes de serviço gera importante movimentação econômica, com a absorção da mão-de-obra das cidades vizinhas e de insumos específicos para esse tipo de trabalho, como brita, areia, cimento, cal, entre outros. “Sem contar o consumo de combustível, que é alto, e a utilização regular do comércio daquela área, como restaurantes, pousadas e lanchonetes, por exemplo. O processo de desenvolvimento começa com o emprego chegando às famílias”, pontuou. Entre os municípios diretamente beneficiados estão São Domingos, Iaciara, Nova Roma, Guarani, Posse, Alvorada, Divinópolis, Monte Alegre e Campos Belos.

O diretor ressaltou ainda que uma rodovia dessa dimensão influencia positivamente até na qualidade do tráfego de estruturas já implantadas, como é o caso da GO-118, uma construção longitudinal da década de 1980, que tem extensão de mais 300 quilômetros e se tornou um corredor altamente movimentado pelo transporte de cargas e passageiros.

“A parceria com a Faeg representa, portanto, um incentivo à produção de commodities agrícolas — como soja, milho e algodão, que, hoje, dispõem de tecnologia bastante avançada — e de gêneros alimentícios para abastecer a capital federal”, apontou, lembrando que as plantações ainda podem ser assistidas pela riqueza hídrica da região, o que facilita muito o estabelecimento desses negócios.

Share

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *