NÃO A VIOLÊNCIA – Comunidade se manifesta por justiça e pela paz em Alto Paraíso de Goiás.

Roberto Naborfazan

Manifestação percorreu principais ruas e avenidas da cidade.
Carreata acompanhou a manifestação.

Em tempos de debates acalorados sobre quem tem o melhor candidato, com visões emocionais e, raramente, racionais. Tempos em que muito se fala em democracia, liberdades, minorias, mas pouco se exercita sobre os temas.Tempos do “farinha pouca, meu pirão primeiro”, onde a discussão sobre o futuro de nosso país, seja em qual for a área, tornou-se uma babel; a união de uma comunidade, que em uma só voz, repudiou a violência cometida por dois pastores contra um jovem, em Alto Paraíso de Goiás, mostra que é possível formar uma corrente de positividades, de posicionamentos conjuntos na busca por melhorias, começando por nossos municípios.

Dezenas de moradores, a pé, com bicicletas, motos ou carros, se uniram aos parentes e amigos do jovem agredido, em uma  manifestação contra a violência, na união pela paz, e em repúdio ao ato praticado pelos agressores. Leia a reportagem

A manifestação, pacífica, aconteceu no final da tarde da sexta-feira, 28, e percorreu as principais ruas e avenidas da cidade.

Carreata acompanhou a manifestação
Repúdio aos agressores. Foto: Waldomiro Bastos

Buzinaço, apitos, panelas batidas e palavras de ordem como “não a violência”, “todos por Carlos”, “Justiça”, entre outras, ecoaram durante as quase duas horas de percurso.

O envolvimento de uma grande parcela da comunidade nesse caso, vindo de todas as camadas sociais, independente de credo, partidos, etc, trás a tona a reflexão sobre ampliar a mente e tornar-se flexível, quando necessário, se há beneficio para maioria. Assista o vídeo abaixo.

Na busca por ouvir todas as partes envolvidas, inclusive autoridades, mais uma vez nos deparamos com casos que precisam desta união, no sentido amplo, como foi agora, no caso “dos pastores”.

Como exemplo, uma pessoa me pediu que a ajudasse a levantar discussão sobre o uso de drogas “pesadas”, como o Crack, que tem atingido não só aos jovens semi alfabetizados da periferia, mas também à advogados, professores e pessoas de classe financeira elevada. Um tema complexo, que exige amparo social e psicológico, onde o paciente em geral é “mandado para fora” em busca de uma clínica, cada vez mais difícil, principalmente para as famílias mais carentes.

Tem tantos fazendeiros por aqui, com terras a perder de vista, porque não doar alguns alqueires para uma Fazendinha, especializada em atender dependentes químicos. Há tantos laboratórios farmacêuticos e faculdades de medicina que podem se tornar parceiros.

No campo das ações conjuntas, há décadas não se via nas ruas a quantidade de pessoas e veículos que participaram da manifestação realizada na sexta-feira. Somente nos velhos tempos dos comícios que terminavam com muita comida, bebida e forró. Assista o Vídeo abaixo.

Imagina essa gente todas fazendo o mesmo percurso cobrando investimentos da Saneago, da Celg, das telefônicas, dos banqueiros e do próprio município, nas ações específicas que compete a cada um.

Nada é por acaso, a comunidade reagiu, as autoridades estão agindo e, com certeza, darão resposta em breve sobre a conclusão dos trabalhos.

Comunidade foia as ruas mostrar seu repúdio a violência.

Há que se destacar o trabalho da Polícia Militar, que além de dar segurança durante toda a manifestação, se manteve alerta, n’um trabalho preventivo, inibindo a ação de infiltrados que queriam promover vandalismo na igreja dos agressores, o que desestabilizaria toda a razão da manifestação.

A comunidade disse não a essa violência. Que também diga não a violência contra as crianças, contra os idosos, contra as mulheres. Que a comunidade diga NÃO A VIOLÊNCIA!!!

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