Mortalidade infantil no mundo caiu mais da metade em 25 anos, diz OMS

A mortalidade infantil no mundo caiu mais da metade nos últimos 25 anos, segundo dados divulgados hoje (9) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os números mostram que as mortes de crianças menores de 5 anos caíram de 12,7 milhões em 1990 para 5,9 milhões em 2015. Esta é a primeira vez que o índice fica abaixo de 6 milhões.

O relatório Níveis e tendências da mortalidade infantil 2015 informa que cerca de um terço dos países – 62 no total – conseguiram reduzir o índice em dois terços, enquanto 74 tiveram edução de pelo menos metade nos últimos 25 anos.

Apesar dos avanços considerados substanciais, a OMS alertou que 16 mil crianças menores de 5 anos morrem todos os dias no mundo e que a queda de 53% não é suficiente para alcançar a meta de reduzir em dois terços o índice até o final deste ano. Atualmente, cinco em cada dez mortes de crianças são registradas na África Subsaariana e três em cada dez, no Sul da Ásia.

De acordo com o relatório da OMS, os dias que se seguem ao nascimento constituem o maior desafio a ser vencido, já que 45% dos óbitos registrados entre menores de 5 anos ocorrem nos primeiros 28 dias de vida. Prematuridade, pneumonia, complicações durante o parto, diarreia e malária representam as principais causas de morte, sendo que quase metade dos óbitos entre crianças está associada à subnutrição.

“A maior parte das mortes entre crianças pode ser facilmente evitada por meio de intervenções comprovadas e prontamente disponíveis”, destacou a OMS. Os dados indicam que a redução da mortalidade infantil no mundo pode ser acelerada de forma considerável se os esforços se concentrarem nas regiões onde os índices são maiores e em recém-nascidos.

A chance de sobrevivência de uma criança pode variar amplamente conforme o local onde ela nasceu, dizo relatório. A África Subsaariana tem a maior taxa de mortalidade infantil no mundo – lá, uma em cada 12 crianças morre antes de completar o primeiro ano de vida. E a estimativa da OMS é que a população na faixa etária até 5 anos aumente 30% na região nos próximos 15 anos.

Reportagem: Paula Laboissière – Agência Brasil | Edição: Nádia Franco
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