MEDIDAS EMERGENCIAIS – Vistoria do TCE encontra ‘falhas graves e potenciais riscos’ na estrutura da ponte entre Palmas e Luzimangues.

Fiscalização ocorreu entre os dias 27 de janeiro e 7 de fevereiro. Ageto tem 15 dias para apresentar plano de ação para resolver pontos abordados na vistoria.

Por Patricia Lauris*

Uma vistoria técnica realizada na estrutura da ponte Governador José Wilson Siqueira Campos, que liga Palmas ao distrito de Luzimangues, que pertence a Porto Nacional, identificou uma série de problemas que podem comprometer a segurança da estrutura. As ‘falhas graves’ reveladas pelo Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCETO) estão na pavimentação, iluminação e sinalização da extensão da ponte, além do aterro, e são consideradas como ‘potenciais riscos’ à segurança da rodovia TO-080.

A fiscalização na estrutura ocorreu entre os dias 27 de janeiro e 7 de fevereiro de 2025. O resultado do que foi apurado pela equipe da Coordenadoria de Análise de Atos, Contratos e Fiscalização de Obras e Serviços de Engenharia (CAENG) foi divulgado nesta segunda-feira (24).

Fiscal avaliou condição da ponte entre Palmas e Luzimangues — Fotos: Divulgação/TCE

O órgão recomendou que a Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto) tome medidas emergenciais para sanar os problemas e apresente plano de ação em até 15 dias.

A Ageto informou que já havia tomado providências quanto à reforma da ponte antes mesmo da recomendação do TCE, e que o processo licitatório já foi concluído, com uma empresa vencedora definida. Segundo o órgão a tramitação segue o prazo legal para eventuais recursos, com a previsão de emissão da Ordem de Serviço após o dia 28 de fevereiro (Veja nota completa ao final da reportagem).

Conforme o TCE, os fiscais constataram problemas estruturais e de manutenção na ponte e no aterro que incluem a infraestrutura; a pavimentação e sinalização; o sistema de contenção e passeio para pedestres; a iluminação e segurança; e o suporte e fundações. Confira as falhas apontadas no relatório produzido com os resultados da fiscalização:

Rachaduras e buracos no pavimento;

Remendos mal executados e falhas na drenagem da ponte;

Guarda-corpos e muretas de proteção estão danificados;

Pavimento deteriorado, com buracos, fissuras e afundamentos – indica problemas de qualidade na execução da obra e deficiência na drenagem;

Sinalização horizontal está desgastada;

Defensas metálicas (guard-rails) amassadas e desalinhadas;

Passeio para pedestres está obstruído por vegetação e sujeira;

Postes enferrujados, luminárias quebradas e fios expostos;

Talude do aterro, que dá sustentação à ponte, apresenta erosão e a presença de vegetação nas áreas de drenagem;

Há lixo acumulado e faltam inspeções adequadas nas fundações da ponte.

Por meio do CAENG, o TCE recomendou que a Ageto dê andamento a ações para resolver as condições da ponte, como o recapeamento do asfalto, revitalização da sinalização, substitua os itens de segurança que estão danificados, como os guarda-corpos e postes de sustentação.

Também deverão ser feitas a melhoria no sistema de drenagem, com limpeza e desobstrução das saídas pluviais; substituição das lâmpadas queimadas e a proteção dos fios expostos; e inspeções detalhadas e reparos nas fundações e gabiões.

A conselheira do TCE, Doris de Miranda Coutinho, titular da Quinta Relatoria, deu um prazo de 15 dias para que a Ageto apresente um plano de ação e cronograma para realizar as ações que vçao garantir a segurança na estrutrura e no tráfego na rodovia. A pasta também deverá apresentar documentos relacionados à manutenção da via.

Para a conselheira, é preciso que sejam destinados recursos orçamentários para serem usados na preservação e conservação do patrimônio rodoviário, de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) “A situação da Ponte Siqueira Campos reflete um problema mais amplo de manutenção da infraestrutura rodoviária no Estado, que necessita de investimentos contínuos para garantir a segurança e a mobilidade da população”, conforme destacou em trecho da decisão.

Problemas no aterro da ponte, asfalto com buracos, fissuras e afundamentos são algumas das falhas apontadas pelo TCE.

Em outubro de 2024, o Governo do Estado anunciou que a estrutura será duplicada. O projeto prevê a duplicação do trecho da TO-080 até Paraíso do Tocantins, incluindo a ponte entre Palmas e Luzimangues. O trecho total tem pelo menos 50 km e custará cerca de R$ 250 milhões, sendo R$ 98 milhões somente para a ponte, conforme o governo informou na época.

Íntegra da nota da Ageto

A Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura (Ageto), esclarece que já havia tomado providências quanto à reforma da ponte sobre o Rio Tocantins, na TO-080, entre Palmas e Luzimangues, antes mesmo da recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE-TO).

A Gestão Estadual possui programas contínuos de monitoramento e manutenção das rodovias e pontes e, neste caso, o processo licitatório já foi concluído, com uma empresa vencedora definida. No momento, a tramitação segue o prazo legal para eventuais recursos, com a previsão de emissão da Ordem de Serviço após o dia 28 de fevereiro.

A obra prevê a modernização completa da estrutura, incluindo a readequação das faixas de rolamento, acostamentos, ciclovias e sinalização, além de uma análise estrutural detalhada da ponte e a construção de uma ciclopassarela metálica.

**FONTE: g1 Tocantins

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