LUZIÂNIA – Mãe é presa suspeita de ser conivente com estupros cometidos pelo marido contra filhos.

Polícia acredita que abusos aconteceram durante 7 anos, na casa da família. Mulher irá responder pelo mesmo crime do marido por ter sido, segundo a investigação, omissa.

Por Lis Lopes**

Mãe é presa suspeita de ser conivente com estupros cometidos pelo marido contra filhos, em Luziânia — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Uma mulher foi presa nesta quinta-feira (25), em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, suspeita de ser conivente com estupros cometidos pelo marido contra os quatro filhos, com idades entre 5 e 12 anos. O homem, de 43 anos, é pai de duas crianças e padrasto das outras duas.

De acordo com a Polícia Civil, os estupros aconteceram de 2012 até o início deste ano, na casa da família. O suspeito está preso desde junho.

O G1 não conseguiu localizar a defesa do casal até a publicação desta reportagem.

Segundo o delegado Danillo Martins, responsável pela investigação, a mãe sabia dos abusos e chegou a presenciar alguns.

“Ela própria admite. Disse que uma vez entrou no quarto e viu o marido praticando atos sexuais contra uma das filhas. Ela alega que nunca denunciou nem se separou porque depende dele financeiramente e tinha medo”, afirmou.

Ainda segundo o delegado, a mulher estava em casa durante a maior parte dos abusos. Ela irá responder por estupro de vulnerável, mesmo crime do marido. “Ela responde pelo mesmo crime dele, uma vez que ela tinha o dever de proteger e foi omissa”, explicou.

O G1 não conseguiu localizar a defesa da suspeita até a publicação desta reportagem.

Denúncia

O caso só chegou ao conhecimento da Polícia Civil após uma denúncia anônima feita ao Conselho Tutelar de Luziânia. A pessoa que realizou a denúncia disse que as crianças viviam em situação precária.

Ao acompanhar o caso, os conselheiros tutelares notaram algo estranho, segundo o delegado, e questionaram as crianças, que revelaram os abusos.

O Conselho Tutelar entrou em contato com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que passou a investigar o caso.

** G1 GO

 

Share

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *