LAVOURA OCULTA – Polícia Militar descobre plantação com setenta pés de maconha, em Alto Paraíso de Goiás.

Cultivo era feito em propriedade particular, sem conhecimento do proprietário. Dono da plantação conseguiu fugir e ainda não foi identificado.

Roberto Naborfazan

Uma prática tem se tornado usual na região da Chapada dos Veadeiros. Elementos sem endereços fixos, conhecidos com “andarilhos”, estão invadindo terrenos em áreas próximas das cidades para realizar o plantio de Maconha (Cannabis Sativa), sem o conhecimento dos proprietários.

Na quarta-feira, 09, Policiais Militares da 14ª Companhia Independente da Polícia Militar do Estado de Goiás (São João d’Aliança/Alto Paraíso de Goiás) foram informados, via denúncias anônimas, que alguns “andarilhos” estavam, sem autorização, frequentando cotidianamente uma área na zona rural do município de Alto Paraíso de Goiás, nas proximidades da cachoeira do Pantera, de propriedade de um conhecido empresário.

Localizada pela Polícia Militar, a plantação de maconha foi arrancada e levada para a autoridade de Polícia Judiciária de Plantão.

Após tomar conhecimento da situação, as equipes militares compostas pelo Sargento Wesley, Sargento Valdivino, Soldado Renan e Soldado Almir, tendo no CPU o Sargento Xavier, deram início a uma incursão em área de mata fechada na localidade indicada, quando se deparam com uma plantação contendo 70 pés de Maconha (Cannabis Sativa) dentro de vasos.

Após realizarem uma varredura nas proximidades, não foram localizados os responsáveis pela plantação. No intuito de dar fim ao ilícito, os Policiais Militares

arrancaram as plantas dos vasos, as conduzindo para a autoridade de Polícia Judiciária de Plantão.

De acordo com o comandante da 14ª CIPM, Capitão Alexander Jorge Júnior, a Polícia Militar está atenda no combate ao crime na região, e conta com o apoio da população, para que denunciem, mesmo de forma anônima, qualquer indício de crimes que presenciarem.

Em 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu o confisco automático de terras onde for encontrada plantação de maconha. Assim, o dono poderá manter a propriedade se provar que não teve culpa pelo cultivo proibido da erva.

Por unanimidade, os 10 ministros do STF que participaram do julgamento decidiram que o confisco pode ser afastado, “desde que o proprietário comprove que não incorreu em culpa, ainda que ‘in vigilando’ [seja responsável por vigiar o uso da terra]”.

No julgamento, a época, os ministros analisaram o caso de uma fazenda em Pernambuco onde a Polícia Federal descobriu 6.180 pés de maconha, que foram retiradas e queimadas.

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