INVESTIGAÇÃO CONCLUÍDA – Bombeiro Militar que atirou em mulher em Alto Paraíso de Goiás é indiciado por tentativa de homicídio. VÍDEOS.
Polícia Civil do Estado de Goiás indiciou o segundo-sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), Andrey Suanno Butkewitsch, por tentativa de homicídio qualificado contra quatro pessoas. O advogado Sandro Fleury Batista, que o acompanhava, também foi indiciado por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Roberto Naborfazan
A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia de Polícia Civil de Alto Paraíso de Goiás (11ª DRP), indiciou o segundo-sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), Andrey Suanno Butkewitsch, por tentativa de homicídio qualificado em contra quatro pessoas.
De acordo com as investigações, corroboradas por imagens de vídeos das câmeras de segurança interna do estabelecimento, na madrugada do dia 28 de janeiro deste ano, quatro pessoas estavam no estabelecimento “Bar Área 51”, no centro de Alto Paraíso de Goiás, quando a maquiadora Jully da Gama Carvalho e seu noivo se dirigiram ao caixa para pagar sua conta.
Andrey Suanno, que conversava com o advogado Sandro Fleury em uma mesa próxima, se levantou e começou a dirigir gracejos para Jully. O noivo, incomodado, repreendeu o Bombeiro Militar, que o empurrou, iniciando uma luta corporal, com agressões mútuas, logo interrompidas pela intervenção de terceiros, inclusive pelo casal que acompanhava Jully e seu noivo. Assista ao vídeo abaixo.
Em seguida, os dois casais se dirigiram ao veículo estacionado em frente ao Bar, na intenção de retornarem para o local que estavam hospedados.
Andrey Suanno e Sandro Fleury também foram na direção de seu automóvel, quando o Bombeiro Militar pegou uma arma de fogo que lá estava, correu até o meio da Avenida e atirou contra o veículo das vítimas, que já estava em movimento, deixando o local. Veja nas imagens abaixo o momento em que Andrey Suanno atira contra o automóvel ocupado pelas vítimas.
Os ocupantes do veículo ouviram o barulho do disparo, mas não notaram nada de anormal, até Jully começar a passar mal, inclusive vomitando no veículo.
Só ao chegarem ao local em que estavam hospedados perceberam que a moça havia sido alvejada na parte posterior da região encefálica, desmaiando em seguida. No vídeo abaixo o Delegado Regional da Polícia Civil, doutor José Antonio Machado Sena, faz um resumo da ocorrência.
Jully foi levada imediatamente pelo noivo e o casal de amigos para o Hospital Municipal Gumercindo Barbosa, onde recebeu os primeiros socorros, sendo, em seguida, encaminhada em estado grave para o Hospital de Base, em Brasília.
As imagens internas das câmeras de segurança do Bar Área 51 mostraram também que, após efetuar o disparo, Andrey Suanno e Sandro Fleury retornam para o Bar, batendo com a arma no balcão de forma ameaçadora, e logo em seguida, também deixaram o estabelecimento, em uma caminhonete.
Acionada, a Polícia Militar (14ª CIPM) localizou a dupla logo depois, em um local pouco acima do Bar, na mesma Avenida.
Na delegacia, Andrey Suanno confessou que houve a discussão e disse ter atirado na intenção de intimidar os envolvidos, mas não para atingir a vítima.
No entanto, a Polícia Civil entendeu que houve sim, a tentativa de ferir não só Jully, mas os outros três passageiros do veículo. Por causa disso, Andrey Suanno Butkewitsch passou por audiência de custódia, permanecendo preso, e foi indiciado pelo crime de tentativa de homicídio, na modalidade qualificada, em desfavor de quatro vítimas.
Já o advogado Sandro Fleury Batista, que estava junto, foi indiciado por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, uma vez que ficou por determinado momento em poder da arma de fogo do Militar.
O Jornal O VETOR não recebeu, até a publicação desta reportagem, o atual estado de saúde da maquiadora Jully da Gama Carvalho, atingida pelo disparo.
Nas redes sociais, Andrey Suanno Butkewitsch se intitula como farmacêutico esteta, químico industrial, professor de pós-graduação e terapeuta. Na Justiça, ele tem processos por inadimplência e por um crime de trânsito, em 2019.