Inova Goiás terá 40 ações estratégicas em vários setores
Um programa ambicioso. Esta é uma das características do Inova Goiás, lançado no início deste mês, que tem como objetivos incentivar a inovação e tecnologia para as empresas do Estado, além de estimular o uso das novas tecnologias no setor público promovendo mais agilidade. O Inova Goiás reúne cerca de 40 ações estratégicas envolvendo os vários órgãos estaduais, além de universidades, instituições de ensino e pesquisa, agências de fomento e o setor produtivo.
Conforme explica a responsável técnica do Inova Goiás, Aline Figlioli, o programa “não é apenas um programa com uma ação. São várias ações para fortalecer a capacidade inovadora de empresas desde pequenininhas, empreendimentos nascentes até empresas mais consolidadas”. O programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED), que tem como titular o vice-governador José Éliton, e conta com o apoio da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).
Polos de excelência
Com a meta de inserir Goiás entre os três estados brasileiros que mais investem em inovação através de uma plataforma de inovação que cubra todas as regiões do Estado, José Eliton explica que o Inova Goiás vai se guiar a partir do conceito de rotas de inovação. Inicialmente serão 16. Essas rotas vão conectar os polos de excelência e estruturas que serão fomentadas em áreas estratégicas da economia em todas as regiões produtivas de Goiás.
Esses polos de excelência terão como base a rede de Institutos Tecnológicos de Goiás (Itegos), compostas por unidades jurisdicionadas à SED que oferecem educação profissional e tecnológica. Cada Itego contará com salas de aula, incubadoras de empresa, laboratórios e auditórios. A previsão do Governo de Goiás é instalar 30 grandes Itegos até 2018.
“Pretendemos ser um Estado que aponta o rumo e não um replicador de tecnologia. Queremos ter uma consciência criativa, uma mente que é capaz de apontar as soluções em todos os cenários”, diz José Eliton.
Metas
A intenção, além de buscar a competitividade do Estado, é promover mais empregos para os goianos. O superintendente executivo de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mauro Faiad, lembra que o Governo de Goiás já capacitou meio milhão de pessoas através do programa Bolsa Futuro e também por meio do programa federal Pronatec. Ambos geraram qualificação profissional e agora é hora de investir em inovação tecnológica e levá-la até as empresas.
Entre outras metas do Inova Goiás estão aumentar o número de pesquisas e a eficiência dos meios de produção; consolidar a rede Itego para atender as demandas de desenvolvimento; criar o Núcleo de Inovação Tecnológica da Rede Itego (NIT) para atender cerca de 25 mil empresas até 2018; criar programas de estímulos a patentes e de formação de mestres e doutores; criar o centro de inovação tecnológica da Emater e o centro de tecnologia Mineral; Vapt Vupt Digital; Conecta SUS; wi-fi nas cidades turísticas; Centro de Inovação Turística; Cartão Rural, entre outros.
Para fortalecer ainda mais a inovação foi criado o Conselho Superior de Inovação do Estado de Goiás, ligado ao gabinete do governador, que se reunirá periodicamente para acompanhar a execução do Programa de Inovação e Tecnologia do Estado de Goiás. Um parceiro importante neste programa é a Universidade de São Paulo (USP), que disponibilizou técnicos para acompanhar o Inova Goiás. Confira como se dará esta parceria nesta entrevista com Vanderlei Salvador Bagnato, pesquisador e coordenador da Agência USP de Inovação.
Recursos
O vice-governador José Eliton informa que os recursos vêm de mais de 25 fontes de origem. “Temos desde fundos constitucionais do governo federal, passando por convênios com o governo federal, recursos de vinculação constitucional de todas as áreas do Governo, que garantem todo o financiamento para este recurso. Todo este programa foi desenvolvido com olhar atento na questão do ajuste fiscal, não há despesa nova, não há comprometimento de receita por parte das secretarias”. Os investimentos são de mais de R$ 1 bilhão para até 2018.