Hillary propõe limite mensal de U$250 em gasto pessoal com medicamento

Por Amanda Becker

LITTLE ROCK, Estados Unidos (Reuters) – A pré-candidata presidencial norte-americana Hillary Clinton propôs nesta terça-feira um limite mensal de 250 dólares em gastos com remédios repassados aos pacientes para deter o que chamou de “lucro excessivo” da indústria farmacêutica, e a notícia afetou as ações das empresas do setor.

Em um evento no Estado de Iowa, Hillary vai delinear um plano para incentivar o desenvolvimento e o uso de medicamentos genéricos e para impedir que as farmacêuticas descontem as propagandas direcionadas aos consumidores como gastos, informou sua equipe de campanha.

No plano de Hillary, o teto mensal irá limitar o que os planos de saúde podem pedir que os pacientes paguem por remédios para doenças crônicas ou graves.

“É hora de lidar com a disparada nos gastos que saem do próprio bolso”, disse Hillary, na segunda-feira, durante um evento de campanha em Little Rock, no Estado do Arkansas.

Seus comentários ocorreram depois que o jornal New York Times relatou como uma startup de biotecnologia, a Turing Pharmaceuticals, aumentou o preço do medicamento Daraprim, que está no mercado há 62 anos e é usado para tratar uma perigosa infecção parasitária, de 13,50 dólares para 750 dólares por comprimido depois de adquiri-lo.

O índice Nasdaq Biotechnology caiu 3,1 por cento nesta terça-feira, e chegou a cair 4,4 por cento na sessão anterior depois que Hillary tuitou sobre sua intenção de atacar os altos preços de alguns remédios. O índice, que subiu nos últimos seis anos, ainda acumula uma alta de 9,6 por cento em 2015.

(Reportagem adicional de Caren Bohan, em Washington, e Michele Gershberg, em Nova York)

 

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