HERÓIS DE FARDA – Policiais da 14ª CIPM salvam bebê engasgado durante patrulhamento em São João d’Aliança.
Ocorrência começou como denúncia de violência doméstica e terminou com um salvamento dramático. Criança estava inconsciente quando foi encontrada; intervenção técnica dos policiais e atendimento no Hospital Santa Madalena foram decisivos.
Roberto Naborfazan
Policiais militares da 14ª CIPM salvaram, na madrugada desta quarta-feira (19), a vida de um bebê de um ano e seis meses que estava inconsciente e sem respirar após engasgar em sua residência, no bairro Aeroporto, em São João d’Aliança, no nordeste goiano.
A intervenção rápida da equipe Bravo e o atendimento técnico do Hospital Municipal Santa Madalena foram decisivos para reverter o quadro crítico.
Intervenção que começou com uma ocorrência de violência doméstica
Por volta de 1h30, a equipe Bravo da Polícia Militar de Goiás — formada pelo Cabo J. Freire e pelo Cabo Ponte — foi acionada via COPOM para atender uma denúncia de violência doméstica na Rua Padre Tomé, no bairro Aeroporto. Ao chegarem ao endereço, os militares tentaram contato com os moradores, mas não obtiveram resposta.
Sem indícios imediatos da ocorrência original e diante da possibilidade de que os envolvidos estivessem na rua, a guarnição iniciou patrulhamento pelas imediações.

Durante o deslocamento, ao cruzarem uma via próxima, os policiais avistaram Cecília Ferreira de Araújo, que acenava desesperadamente para a viatura. A princípio, acreditou-se que ela estivesse relacionada à denúncia inicial. No entanto, ao ser abordada, Cecília — em completo estado de pânico — revelou que seu bisneto, um bebê de colo, havia acabado de se engasgar e estava sem respirar.
A equipe imediatamente seguiu para a residência indicada, compreendendo a gravidade do quadro.
Bebê inconsciente: segundos entre a vida e a morte
No local, os policiais encontraram a mãe da criança, Lara Alves da Cunha, em desespero, segurando o pequeno Pedro Lucas, de apenas 1 ano e 6 meses, já inconsciente, flácido e apresentando sinais nítidos de insuficiência respiratória.
Com técnica, precisão e controle emocional, os militares iniciaram a manobra de Heimlich pediátrica.
O bebê foi posicionado em leve inclinação ventral, e os policiais aplicaram tapas firmes entre as escápulas — procedimento que resultou em uma expiração seguida de uma fraca inspiração, sinalizando a desobstrução das vias aéreas e o início da recuperação.
Após a estabilização inicial, os militares conduziram a mãe, o bebê e uma tia da criança, Manoela Alves, até o Hospital Municipal Santa Madalena, garantindo que o atendimento emergencial fosse realizado sem perda de tempo. Ao lado de Lara Alves e do bebê Pedro Lucas, a tia, Manoela Alves, faz agradecimento aos Policiais Militares. Veja no vídeo abaixo.
No hospital, a equipe de enfermagem — sob coordenação da enfermeira Mariane Ferreira da Mota — realizou os primeiros cuidados. Em seguida, a médica plantonista Dra. Fernanda Rocha Ferreira assumiu o atendimento.
A médica confirmou que o bebê apresentava cianose e quadro de pneumonite por aspiração, decorrente do engasgo. Ela destacou que a pronta resposta dos policiais, com a execução correta da manobra, foi determinante para salvar a vida da criança antes da chegada ao hospital.
Reconhecimento profissional

Segundo a equipe médica, se o atendimento inicial tivesse sido retardado por apenas mais alguns minutos, o desfecho poderia ter sido trágico. A atuação coordenada entre os policiais militares e os profissionais de saúde garantiu a reversão do quadro e a estabilização do bebê, que seguiu em observação.


