Governo espera boa participação em leilão para venda da distribuidora Celg
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse hoje (15) que pelo menos seis grupos devem participar da licitação da distribuidora de energia de Goiás, Celg D, prevista para ocorrer em março.
Sabrina Craide.
Segundo Braga, entre os interessados há empresas brasileiras e estrangeiras. “Tenho uma expectativa positiva, porque os fundamentos econômicos do estado do Goiás, por ser um estado do agronegócio – portanto que tem um crescimento histórico acima do PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro e que tem ganhos efetivos no VPL [Valor Presente Líquido] da companhia – que será um bom leilão, que teremos um bom resultado.”
Braga recebeu hoje o presidente da empresa, Silval Zaidan, que também destacou a expectativa positiva em relação ao leilão. Zaidan disse que a Celg D tem baixos índices de inadimplência e de perdas de energia, além de um quadro de funcionários qualificados e um bom mercado de atuação. No entanto, reconheceu que a empresa tem uma dívida que os acionistas não conseguem pagar.
“No negócio de distribuição é preciso grandes investimentos. Uma estatal precisa fazer grandes investimentos para depois arrecadar, e para um estado fazer investimentos de R$ 1 bilhão por ano precisa deixar de investir em saúde, educação, saneamento”, justificou Zaidan. Atualmente, a Eletrobras tem 51% das ações da Celg D e o governo de Goiás é dono dos 49% restantes.
Segundo o presidente da empresa, o preço mínimo para a venda da distribuidora será de R$ 2,8 bilhões, mas o comprador deverá também arcar com as dívidas da empresa, que somam cerca de R$ 2,5 bilhões.
A Celg D atende a 2,61 milhões de unidades consumidoras em Goiás e é responsável pelo atendimento de 237 municípios do estado, o que corresponde a mais de 98,7% do território goiano. Em maio do ano passado, a distribuidora foi incluída no Programa Nacional de Desestatização do governo federal.
**Repórter da Agência Brasil