Governo define limites mais rigorosos de emissão

Poluentes de Motos

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estabeleceu limites máximos de emissão de poluentes provenientes de motocicletas, triciclos e quadriciclos. A resolução foi publicada no “Diário Oficial da União” de quinta-feira (14), na seção 1, página 69. A medida determina limites de emissão para vigência a partir de 2014 e a partir de 2016.

Laboratório que avalia emissão de poluentes por motocicletas

Se­gun­do a re­so­lu­ção, a par­tir 1º de ja­nei­ro de 2014, mo­to­ci­clos e si­mi­la­res de­vem emi­tir o má­xi­mo de 2 g/km de CO, 0,8 g/km de HC e 0,15 g/km de NOx. A par­tir de 1º de ja­nei­ro de 2016, o va­lor má­xi­mo de HC se­rá de 0,3 g/km e tam­bém de­ve­rá ser in­for­ma­do pe­lo fa­bri­can­te o va­lor de CO2 emi­ti­do.Pa­ra a ca­te­go­ria de ci­clo­mo­to­res, a par­tir de 2014, os li­mi­tes são de 1 g/km de CO, 0,8 g/km de HC e 0,15 g/km de NOx, além de in­for­mar o va­lor de CO2 emi­ti­do.A me­di­da al­can­ça­rá até as mo­tos im­por­ta­das. Os no­vos li­mi­tes co­lo­ca­rão o pa­ís no mes­mo ní­vel de to­le­rân­cia já ado­ta­do por Eu­ro­pa, Es­ta­dos Uni­dos e Ja­pão.To­dos os ve­í­cu­los des­ta re­so­lu­ção de­vem ter os va­lo­res de CO, HC e ve­lo­ci­da­de an­gu­lar do mo­tor em mar­cha len­ta de­cla­ra­dos pe­lo fa­bri­can­te ou im­por­ta­dor com ba­se nos va­lo­res com­pro­va­dos no en­saio de cer­ti­fi­ca­ção e de­ve­rão ser di­vul­ga­dos por meio do Ma­nu­al do Pro­pri­e­tá­rio do ve­í­cu­lo, bem co­mo à Re­de de Ser­vi­ço Au­to­ri­za­do, por meio do Ma­nu­al de Ser­vi­ço.
Mais mo­tos nas ru­asUm es­tu­do do Ins­ti­tu­to de Pes­qui­sa Eco­nô­mi­ca Apli­ca­da (Ipea) di­vul­ga­do em maio mos­trou que até 2017 ha­ve­rá mais mo­tos do que car­ros nas ru­as. E par­te da fro­ta ain­da po­lui até qua­tro ve­zes mais do que car­ros, in­for­mou Ru­dolf No­ro­nha, ge­ren­te de qua­li­da­de do ar do Mi­nis­té­rio do Meio Am­bi­en­te, re­fe­rin­do-se às mo­to­ci­cle­tas fa­bri­ca­das até o iní­cio do Pro­gra­ma de Con­tro­le da Po­lu­i­ção do Ar por Ci­clo­mo­to­res, Mo­to­ci­clos e Si­mi­la­res, o Pro­mot, cri­a­do em 2002. Em 2014, en­tra­rá em vi­gor a fa­se qua­tro do pro­gra­ma, com li­mi­tes ain­da mais ri­go­ro­sos já in­di­ca­dos pa­ra 2016.O mé­di­co e pro­fes­sor Pau­lo Sal­di­va, co­or­de­na­dor do La­bo­ra­tó­rio de Po­lu­i­ção da Uni­ver­si­da­de de São Pau­lo (USP), ex­pli­ca que o pro­ces­so é po­si­ti­vo. Se­gun­do ele, quan­do o pro­gra­ma de con­tro­le de emis­sões ve­i­cu­la­res foi cri­a­do, em 1986, a mo­to qua­se não foi le­va­da em con­ta. “Ho­je elas já cir­cu­lam qua­se em igual nú­me­ro. Ago­ra tem de con­tro­lar igual. Eu acre­di­to mui­to no su­ces­so des­se pro­gra­ma, por­que a mo­to tem uma vi­da útil mais cur­ta. Um ca­mi­nhão ru­im du­ra 30 a 40 anos e uma mo­to na mão de um mo­to­boy du­ra cer­ca de 5 anos. As­sim, a ve­lo­ci­da­de de re­no­va­ção é mai­or.”Os fa­bri­can­tes de mo­to­ci­cle­tas não in­for­ma­ram o cus­to da adap­ta­ção nas li­nhas de pro­du­ção. Hon­da e Ya­ma­ha do­mi­nam o mer­ca­do bra­si­lei­ro, que tam­bém re­gis­tra a pre­sen­ça mai­or de im­por­ta­dos da Chi­na.  Fon­te: O Es­ta­do de S. Pau­lo.

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