GOLPE VIRTUAL – Mensagem falsa chega a 300 mil usuários prometendo ‘retrospectiva’ no WhatsApp

Site falso obriga usuário a compartilhar link para ter acesso a suposta retrospectiva.

Por Altieres Rohr

A fabricante de antivírus PSafe, por meio do seu laboratório de cibersegurança dfndr lab, está alertando usuários sobre um link malicioso divulgado no WhatsApp que promete uma falsa retrospectiva do ano de 2018 no aplicativo. De acordo com a empresa, o principal objetivo dos criminosos com este golpe é lucrar com a exibição de peças publicitárias nos sites falsos e, em alguns casos, obter dados pessoais das vítimas.

Para convencer a vítima a acessar o link, a mensagem promete relembrar “fotos antigas, status e conversas”. Em 16 horas de circulação, o link malicioso foi detectado 339 mil vezes pela ferramenta de segurança da companhia.

Site falso ‘gera’ retrospectiva, mas não obriga vítima a compartilhar o site para poder visualizar o conteúdo — Foto: Reprodução

A página falsa pede que a vítima clique em um botão para “gerar” sua retrospectiva. Quando a retrospectiva está supostamente pronta, é necessário compartilhar a página com amigos antes de poder vê-la. A página exibe uma série de comentários falsos com o visual do Facebook para dar credibilidade ao golpe.

De acordo com Emilio Simoni, diretor do dfndr lab, os criminosos tentam se aproveitar de datas relevantes – como a Black Friday, as eleições ou fim do ano – como “gancho” para enganar os usuários. “Por isso é muito importante checar com as empresas se qualquer promoção, serviço ou ação de marketing de fato é verdadeira”, explica ele.

Com exceção dos links que podem atacar o roteador de internet, os golpes divulgados por WhatsApp em geral não representam risco imediato ao celular, nem aos dados armazenados no aparelho. Nesse caso do golpe do WhatsApp, por exemplo, a página exibe até uma barra de progresso enquanto “gera” a retrospectiva. Porém, isso é apenas uma animação e nenhum dado do celular é acessado pela página.

Ainda assim, compartilhar esses links pode gerar receita publicitária para os criminosos a partir do tráfego para o site falso, o que alimenta outros golpes e mensagens falsas.

Quando um conteúdo exige um compartilhamento para ser visto, é altamente suspeito de que esse conteúdo seja falso, de baixa qualidade ou nem sequer exista, como é o caso da “retrospectiva”.

Fonte: Globo.com

 

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