GOLPE DO FALSO EMPREGO – Criminosos prometem trabalhos com altos salários e usam dados para clonar cartões e abrir contas em bancos.

Especialista em cibersegurança explica como se proteger. Golpistas solicitam dados em sites fraudulentos e até vendem informações para outros criminosos.

Por Thauany Melo**

Com a busca por empregos cada vez mais alta, criminosos se aproveitam da situação para aplicar golpes por meio de mensagens de texto via WhatsApp e SMS ou perfil falso no Facebook. Segundo Luciéliton Mundim, especialista em cibersegurança, o golpe consiste em enviar uma falsa vaga em uma grande empresa com a promessa de alto salário.

Geralmente, na mensagem os criminosos adicionam um link para que a pessoa se candidate. Na página, eles solicitam os dados pessoais que podem ser usados em fraudes como clonagem de cartão, abertura de contas em bancos e logins em aplicativos.

“A intenção é colher os dados daquela pessoa, CPF e informações pessoais para tentar abrir contas em bancos digitais e pegar um crédito pré-aprovado. Ou mesmo solicitam um dinheiro para segurar a vaga. As estratégias são muitas”, explicou o especialista à TV Anhanguera.

Luciéliton Mundim, especialista em cibersegurança – “Nunca coloque número de cartão de crédito em páginas que você não conhece ou que o domínio lá em cima, o endereço, a URL, esteja duvidosa”. Imagem/reprodução TV Anhanguera.

Segundo Luciéliton Mundim, os criminosos têm estratégias diversas usando a mesma “isca” – a vaga de emprego. Alguns até vendem apostilas para que a pessoa, supostamente, participe do processo seletivo.

Geralmente, na mensagem os criminosos adicionam um link para que a pessoa se candidate. Imagem/reprodução TV Anhanguera.

“Essa é mais uma via do estelionato. Ninguém vai cobrar. Geralmente [no golpe] tem que comprar uma apostila para poder participar de uma vaga de emprego ou comprar um uniforme”, explicou o especialista.

O especialista ressaltou que a oferta de emprego via mensagem é uma prática incomum de empresas verdadeiras e, no caso do interessado ser abordado dessa forma, ele deve verificar a veracidade por meio dos canais oficiais da empresa citada e buscar pelo nome do recrutador.

O especialista ainda orientou que as pessoas não clique em links enviados por pessoas desconhecidas.

“Quando se clica nesses links, geralmente a pessoa é levada para páginas fakes, que a gente chama de phishing. O objetivo desse ataque é coletar informações. Geralmente são páginas parecidas com as da empresa oficial”, alertou.

Para o especialista, a principal estratégia é sempre desconfiar de ofertas muito fora da realidade. “Sempre se deve tomar cuidado, desconfiar, ninguém sai dando dinheiro de graça assim”, alertou.

Verificação da URL

Para se proteger das páginas falsas, Luciéliton Mundim chamou atenção para a importância da verificação da URL – endereço dos sites.

“Nunca coloque número de cartão de crédito em páginas que você não conhece ou que o domínio lá em cima, o endereço, a URL, esteja duvidosa. Vá sempre na pesquisa, nos sites de busca e verifique se aquela URL é realmente a oficial da empresa”, explicou.

O especialista completou que o cadeado na URL não garante segurança, pois o sinal significa apenas que os dados estão trafegando criptografados e que é possível um site fraudulento ter o ‘cadeadinho’ no endereço.

Ele ainda destacou que é importante não ser fisgado no primeiro contato para não se submeter a nenhuma das estratégias dos golpistas ou mesmo ter os dados vendidos.

“Existe um mundo underground que a gente chama de darkweb, é onde esses dados circulam, são comercializados”, contou.

FONTE:g1 Goiás

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