Goiás quer ampliar relações comerciais com a Colômbia

“Queremos aprofundar as relações entre Colômbia e Goiás e buscar as boas práticas comerciais”, disse a vice-presidente de Desenvolvimento Econômico e Competitividade da Associação Nacional dos Empresários Colombianos (Andi), Imelda Restrepo de Mitchell ao recepcionar, na sede da entidade, em Bogotá, a missão goiana à América do Sul comandada pelo vice-governador José Eliton. A Andi é uma potência no País. Aos 70 anos, a entidade reúne 55% do PIB nacional e engloba 29 setores da indústria e do setor de serviços.

Goiás abre as portas da Colômbia com uma comitiva de empresários que busca maior participação no mercado de um País com mais de 47 milhões de habitantes, 29ª maior população do mundo e a segunda maior da América do Sul, depois do Brasil. O vice-governador José Eliton defendeu a ampliação do intercâmbio comercial entre as duas unidades e citou as potencialidades do Estado que possui “práticas de excelência em importantes cadeias produtivas” e que se configura como uma “janela de oportunidades”.

O vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, participou da audiência ao lado do vereador Denício Trindade, representante da Câmara de Goiânia. Pela parte colombiana, também participaram o diretor comercial de Desenvolvimento de Zonas Francas, Harold Maurício Solarte Liévano e a diretora Internacional e de Aproveitamento de Acordos Comerciais, Ana Milena Cortázar Mejía.

Potencialidades
“A Colômbia não é mais aquele País de há 15 anos”, disse a vice-presidente Imelda Restrepo ao abrir a apresentação sobre potencialidades locais. O País mantém crescimento acima da média da América Latina. Pelas projeções, o PIB avançará 3% em 2015 ante a 0,5% do continente. Em ambiente de conquistas, houve redução significativa da pobreza para 20%, a classe média cresceu e expandiu o poder de compra. É o terceiro mais desenvolvimento na região, atrás de Brasil e México.

Os tratados de livre comércio fortaleceram o País, disse a dirigente empresarial ao destacar que o mercado local está aberto. Com inflação na faixa de 4,7%, a Colômbia estabilizou a macroeconomia e a política com a pacificação interna. Amplia a infraestrutura. A construção civil está em efervescência. O País firma-se no caminho da inovação e modernização. “Temos um retorno favorável para realizar negócios e atrair investimentos”, disse Imelda Restrepo. “Queremos fortalecer as relações comerciais com os países vizinhos”, conclui.

Parcerias
O vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação, José Eliton, destacou que Goiás busca ampliar parcerias estratégicas. “Nossos propósitos são convergentes”, disse ao final da apresentação da vice-presidente. Segundo Eliton, o Brasil vive um momento delicado na economia, mas possui fundamentos sólidos que lhe permitirão superar a crise. Citou, ainda, a visita que a presidente Dilma Rousseff fará à Colômbia com o objetivo de ampliar tratativas comerciais. “Goiás quer parcerias e relações sólidas”, finalizou.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Pedro Alves, ao falar em nome dos empresários, informou que negociações entre goianos e colombianos já estão em curso, em especial no setor de cosméticos. “Queremos um ambiente favorável de negócios”, disse ele ao citar a posição geográfica favorável da Colômbia, que possui acesso para dois oceanos, Pacífico e Atlântico.

Pedro Alves ressaltou ainda que Goiás terá avanço estratégico na logística, com a construção do Aeroporto de Cargas, em Anápolis, que será o segundo maior do Brasil, e com o início das operações da Ferrovia Norte-Sul. O presidente da Alca Foods, Roberval Martins, propôs às autoridades ampliar comércio entre vizinhos e ressaltou a competitividade dos produtos goianos, que podem, em algumas cadeias, chegar com custo 20% menor.

O diretor comercial de Desenvolvimento de Zonas Francas, Harold Maurício Solarte Liévano, disse que a Colômbia reserva incentivos para incrementar o desenvolvimento de negócios, com facilitações para empresas que queiram investir no País. A diretora Internacional e de Aproveitamento de Acordos Comerciais, Ana Milena Cortázar Mejía, disse que a meta da entidade é estreitar, cada vez mais, as relações entre empresas dos dois Países.

Participantes
Participaram do encontro o presidente do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas (Sindifargo), Heribaldo Egídio Silva; o diretor do Sindicato de Carnes e Derivados de Goiás (Sindicarne), Leandro Stival; o presidente do Grupo Caramuru, Alberto Borges de Souza; diretor do Grupo Nutriza/Olvego, Gustavo Tomazini; diretor da Só Trigo, Alexandre Moura; o superintendente executivo de Comércio Exterior da SED, William Leyser O´Dwyer e Thiago Camargo Lopes, superintendente executivo de Planejamento da Segplan.

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