Gerador de empregos: Goiás se consolida como 3º maior no País

Neste 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalho, o Governo do Estado tem muito a comemorar. Índices do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), tabulados pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicas (IMB) confirmam que de 2010 até março de 2014 – na comparação da taxa de crescimento com outros Estados – Goiás foi o terceiro maior gerador de empregos neste período.

Destaque do ano passado, o informe técnico do Instituto – intitulado Mercado de Trabalho, aponta que em 2013, Goiás ocupou a 7ª posição no ranking nacional, em números absolutos, na geração de empregos. Em termos relativos – avalia o percentual de crescimento – o Estado ocupa a segunda colocação. Isto significa que, no ano passado, obteve o segundo maior índice de crescimento na geração de empregos formais, em comparação aos demais estados brasileiros.
Segundo o IMB, o perfil do mercado de trabalho no Estado “reflete atualmente as mudanças iniciadas principalmente no final da década de 1990, em que se destacam o fortalecimento do setor industrial e a maior integração ao setor agropecuário e o crescimento do setor de serviços”, aponta. Por conta disso, “Goiás tem sido um dos principais geradores de empregos formais do País, reflexo dos sucessivos períodos de crescimento econômico que contribuíram para a expansão da formalidade no mercado de trabalho”, complementa o documento.
“Isso significa que na estatística de empregos formais, Goiás vem gerando postos de trabalho num ritmo bem acima da média nacional”, afirma o gerente de Estudos Socioeconômicos Especiais do IMB, o pesquisador Marcos Arriel. No período foram gerados no Estado um total de 219.540 novos empregos, o que representa uma média de 5,6 mil novos empregos a cada mês e 68 mil empregos/ano. Em termos estatísticos, o número de postos de trabalho foi ampliado em 17%.
De acordo com o pesquisador, enquanto a agropecuária tem ampliado os postos de trabalho de forma crescente e linear, o grande destaque de crescimento ocorre no setor de serviços e na indústria de transformação, que se relaciona diretamente com a expansão do primeiro. De 2000 a 2013, a construção civil foi a que teve o maior crescimento relativo (184,54%) no número de ocupações. O maior crescimento absoluto ficou por conta do setor de serviços, com mais de 244,9 mil novos postos gerados. “Enquanto a agropecuária acompanhou a média de expansão de empregos no Estado, da ordem de 17%, o setor de serviços e a indústria de transformação cresceram bem acima da média goiana. Para estes dois segmentos da economia, a ampliação se deu na ordem de 29% e 24%, respectivamente. Portanto, o setor de serviços, nestes últimos 39 meses, foi o grande recordista na geração de empregos”, detalha.

Tendências
Para Marcos Arriel, apesar do contexto de desaceleração da economia brasileira, a geração de emprego no Estado deve permanecer aquecida, tendo em vista as políticas governamentais de atração de investimentos (Produzir/Fomentar), incentivo à instalação de novas indústrias e crédito subsidiado por meio de agências de fomento a micro, pequenos, médios e grandes empresários (FCO).
“A agropecuária deve permanecer acompanhando a média do Estado. Já a indústria de transformação, devido às políticas de atração de investimentos implantadas pelo Governo de Goiás nos últimos anos, nos setores agroindustrial, farmacêutico e de automóveis, por exemplo, revela tendência de crescimento contínuo, acima da média. Concomitantemente, o setor de serviços acompanha a expansão da indústria. Na medida em que há integração da indústria com o setor agropecuário, surgindo novas atividades produtivas, o setor de serviços é mais demandado e, consequentemente, cresce sustentado pelo desenvolvimento dos outros dois segmentos”, explica.
O pesquisador acredita que, apesar do momento de retração econômica mundial, há mais de uma década Goiás vem gerando mais empregos que a média nacional. “Mesmo em meio à desaceleração da economia brasileira, as políticas governamentais incentivam a geração de empregos, que deve crescer, mesmo que não seja como em anos anteriores. Segundo dados consolidados de 2012, a taxa de desocupação no Estado é de cerca de 4,8%, bem menor que a nacional, da ordem de 6,2%. Em comparação com 2010, nós tínhamos uma taxa de desocupação de 6,3%, ou seja, avançamos muito na geração de empregos nestes últimos três anos”, analisa.

Investimentos
Resultado das políticas de atração de investimentos, o crescimento da economia goiana tem gerado mais postos de trabalho do que pessoas para ocupá-los. “Enquanto Goiás gera uma média de 68 mil empregos/ano, a população economicamente ativa tem crescido abaixo de 60 mil/ano. Isso significa que nós estamos gerando mais empregos do que é demandado pela população residente no Estado”, pontua Arriel.
Neste sentido, políticas de qualificação empreendidas pelo governo têm um papel fundamental, na medida em que preparam o jovem e o adulto para novas oportunidades, que surgem com o desenvolvimento da economia.
Em maio deste ano, por exemplo, o programa de qualificação profissional Bolsa Futuro atingiu a marca de 340 mil trabalhadores qualificados em todo o Estado. O objetivo do governo com os cursos – oferecidos em 15 Institutos Tecnológicos (Itegos) e 113 Colégios Tecnológicos (Cotecs), presentes em 89 cidades-polo – é ter qualificado, ao final deste ano, 500 mil goianos.
Segundo o Valor Econômico, o mais importante jornal de economia do País, o Bolsa Futuro é o maior programa estadual de qualificação técnico-profissional do País, e reúne todos os cursos de educação profissional e tecnológica, qualificação e técnicos ofertados pelo Governo do Estado.
Na parceria com o governo federal, Goiás obtém o terceiro melhor desempenho no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Até o final deste ano, o Pronatec, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectec), terá atingido a marca de 40 mil alunos matriculados, com 184 cursos técnicos profissionalizantes disponibilizados em 153 municípios do Estado.

Qualificação profissional
Uma das políticas de estímulo ao emprego no Estado, o programa Jovem Cidadão, conduz os adolescentes de 16 e 17 anos ao primeiro emprego remunerado. O programa, que atende aos interessados em se capacitar profissionalmente para ingressar no mercado de trabalho, já beneficiou quase sete mil jovens de 2011 até este ano. Já os programas de qualificação social e profissional para trabalhadores, geridos pelo governo, beneficiaram mais de 30,5 mil jovens, por meio dos programas Jovem Cidadão, Pronatec, PlanteQ – Plano Territorial de Qualificação e PlanseQ – Plano Setorial de Qualificação Profissional (os três últimos em parceria com o governo federal).
Dentro do programa das oficinas educacionais comunitárias (OECs), geridas pela Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), 6.115 pessoas obtiveram qualificação profissional nos ofícios de Produtos Alimentares; Higiene e Beleza; Corte e Costura; Marcenaria; Artesanato; Informática; Serralheria; Garçom/Garçonete; Cabeleireiro; Manicure e Pedicure; Arte Culinária; Modelagem; Panificação e Estética e Beleza.

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