GASOLINA FICA MAIS BARATA – Petrobras reduz preço em 4,9% e promete alívio no bolso do consumido.
Combustível terá queda de R$ 0,14 por litro nas refinarias; é a segunda redução do ano e pode aliviar a inflação.
Por Roberto Naborfazan
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (20) uma nova redução no preço da gasolina A — combustível puro que sai das refinarias — vendida às distribuidoras. A partir desta terça-feira (21), o litro do produto passa a custar, em média, R$ 2,71, o que representa uma queda de R$ 0,14 por litro, ou 4,9% em relação ao preço anterior.
A gasolina A é posteriormente misturada ao etanol anidro pelas distribuidoras, processo que resulta na gasolina comum comercializada nos postos para o consumidor final.
Esta é a segunda redução do preço da gasolina promovida pela estatal em 2025. Em 3 de junho, a Petrobras já havia diminuído o valor em 5,6%.
Com os dois cortes, o preço do combustível acumula uma redução total de R$ 0,31 por litro, equivalente a 10,3% desde o início do ano.
Desde dezembro de 2022, segundo dados divulgados pela própria companhia, a queda acumulada chega a R$ 0,36 por litro, o que representa um recuo de 22,4%, já considerando a inflação do período.

Impacto esperado na inflação
O movimento da Petrobras tende a gerar alívio no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — indicador oficial da inflação no país —, já que a gasolina tem o maior peso na composição do índice.
Mesmo assim, o preço final nas bombas não depende exclusivamente da Petrobras.
Após sair das refinarias, o valor do combustível é afetado por custos adicionais, como:
– Frete e transporte até os postos;
– Mistura com etanol anidro;
– Cobrança de impostos federais e estaduais;
– Margens de lucro das distribuidoras e revendedores.
Diesel permanece sem reajuste
A estatal também informou que não haverá alteração no preço do diesel vendido às distribuidoras.
O combustível, que já passou por três reduções ao longo de 2025, acumula queda de 35,9% desde o fim de 2022.
Contexto econômico
A redução ocorre em um momento de pressão moderada nos preços de energia e combustíveis no cenário internacional, além de uma política interna da Petrobras voltada a acompanhar o mercado global e manter a competitividade, sem repassar de forma integral as oscilações do barril de petróleo.
Especialistas avaliam que a medida pode ter efeito positivo imediato no transporte e na cadeia logística, com reflexos no custo de vida e no preço de alimentos e serviços.
Como é formado o preço da gasolina
O valor que o motorista paga na bomba é resultado da soma de vários fatores.
Veja a composição média:
– Refino (Petrobras e importadoras): 38%
– Etanol anidro (mistura obrigatória): 13%
– Impostos (federais e estaduais): 27%
– Distribuição e revenda: 22%
🔹 Esses percentuais variam conforme a cotação internacional do petróleo, o câmbio e as políticas tributárias de cada estado.