Ex-jogador de vôlei Giba revela fratura no pênis. Conheça as causas da lesão
Um dos maiores nomes da história do vôlei brasileiro com muitos títulos no currículo pela seleção, o ex-jogador Giba lançou nesta semana a sua biografia “Giba Neles!”, obra com pouco menos de 200 páginas e escrita em parceria com o jornalista Luíz Paulo Montes
Entre os assuntos revelados, Giba conta que não disputou a fase final da Liga Mundial de 2000 por conta de uma lesão, digamos, pouco comum: fratura no pênis. Na época, porém, o atleta havia divulgado para imprensa que desfalcaria o Brasil com muitas dores no ombro. Ele era casado com a romena Cristina Pirv, também ex-jogadora de vôlei.
“Fiquei fora de toda a fase decisiva com uma fratura no pênis. Sim, no pênis, por mais bizarro que isso possa ser. Era uma folga antes da última semana de jogos da Liga, sofri essa lesão durante uma relação sexual com minha esposa. Fiquei com um enorme inchaço, que me impedia quase de andar. A dor, acreditem, é insuportável. Dormia com gelo ao lado da cama, e toda manhã, antes de levantar, aplicava. Ereção, com aquela fratura, era tudo o que não podia acontecer”, admite em seu livro.
Como isso pode acontecer?
Apesar de ser uma lesão inusitada, qualquer homem está sujeito a ter fratura de pênis. Recentemente, um estudo conduzido pela Unicamp e PUC-Campinas, ambas no interior de São Paulo, e publicado no jornal Advances in Urology, concluiu que a posição sexual em que a mulher fica por cima é a mais propensa a causar o problema para o homem.
A equipe analisou 44 casos suspeitos de fratura de pênis ocorridos entre janeiro de 2000 e março de 2013 em Campinas, dos quais 42 foram confirmados. Com base nos dados clínicos e em entrevistas com os pacientes, os pesquisadores levantaram as circunstâncias por trás de cada caso: 32 durante a relação sexual, seis durante a “manipulação do pênis” e quatro não ficaram esclarecidos.
Nas fraturas durante a relação sexual, a posição mais citada foi a em que a mulher fica por cima, com 14 casos (o que representa 50% entre heterossexuais), seguido da “de quatro” (oito casos) e a em que o homem fica por cima. Mas, neste último cenário, trata-se de casais homossexuais. “Conclusões: a ‘mulher por cima’ é a posição sexual mais arriscada”, informa o estudo.
Uma das hipóteses para esta posição ser mais perigosa se deve ao fato da mulher usar todo o peso do seu corpo em cima do homem, e como é ela quem controla os movimentos, ela geralmente não percebe que algo está errado – uma fratura, por exemplo – de cara, enquanto o homem, quando está por cima, tem melhores chances de controlar os movimentos antes que o pior aconteça.
Sintomas imediatos
Os pesquisadores pediram ainda que os pacientes, com idade entre 18 e 60 anos, descrevessem os sintomas imediatos. Metade afirmou que ouviu um estalo, seguido de dor e inchaço. Dois homens também sofreram com disfunção erétil após o acidente.
Apesar do susto que o resultado deste estudo por causar, a equipe da Unicamp e PUC-Campinas informou que a fratura de pênis não é uma ocorrência comum, mas que, quando ocorre, o paciente deve ser ágil ao pedir ajuda médica, embora muitos homens sintam-se constrangidos com a lesão.