EDUCAÇÃO QUILOMBOLA EM PAUTA – Regional de Campos Belos realiza Seminário de Equidade Racial.
Encontro regional integra saberes e projeta metas para a educação quilombola em 2026. Seminário debate caminhos para a equidade racial nas escolas da região.
Por Larissa Cardoso Beltrão*
A Coordenação Regional de Educação de Campos Belos – Goiás, em articulação com os agentes regionais e locais da Política Nacional de Equidade Étnico-Racial na Educação Escolar Quilombola (PNEERQ), promoveu, na quarta-feira, 3/12, o Seminário de Equidade Racial, que teve como tema “Educação, diversidade, equidade racial: construindo uma escola para todos”.
A programação foi direcionada aos professores de História dos municípios que compõem a Regional de Campos Belos — Campos Belos, Cavalcante, Divinópolis, Monte Alegre e Teresina.
O evento contou com a presença de instituições parceiras, entre elas a Universidade Estadual de Goiás (UEG) e a Universidade Federal do Tocantins (UFT), representadas pelos professores Adelino dos Santos Machado, Rosolindo Neto de Souza Vila Real e Kaled Sulaiman Khidir.

Saberes científicos e saberes da tradição
Ao longo do seminário, os cursistas tiveram a oportunidade de refletir sobre práticas pedagógicas a partir da integração entre saberes científicos e saberes tradicionais.
As discussões foram enriquecidas pela presença dos mestres da tradição:
– Almensor dos Santos Reis (Seu Missô)
– Daiane Serafim do Carmo
– Hélio Rodrigues dos Santos
– Maria Helena Serafim Rodrigues – Tuya Kalunga
Veja no vídeo abaixo um trecho de literatura de cordel recitado por seu Missô.
Além de educadores da rede estadual, também participaram professores da rede municipal, com o propósito de sistematizar ações e alinhar metas concretas para a implementação da política nacional no ano de 2026.
As reflexões realizadas ao longo do dia buscam repercutir na prática docente, orientando escolhas curriculares e fortalecendo interações pedagógicas mais inclusivas e conscientes.


Compromisso com a equidade racial
Para a Coordenadora Regional de Educação, Telma Maria, “é por meio do olhar histórico que formamos cidadãos críticos capazes de reconhecer as raízes das desigualdades e de valorizar a diversidade que compõe o nosso país. Cabe também aos educadores abrir espaço para vozes que, por muito tempo, foram invisibilizadas.”
O seminário reforça o compromisso coletivo de promover uma educação que reconheça, valorize e respeite as identidades e trajetórias dos povos quilombolas.
Que os debates, aprendizados e encontros ocorridos ao longo do evento se transformem em ações contínuas, capazes de fazer da escola um espaço verdadeiramente plural, inclusivo e comprometido com a justiça racial.
**Larissa Cardoso Beltrão é Agente Regional da PNEERQ – Campos Belos – Goiás


