DROGA, IMPRUDÊNCIA E FUGA – Criança de 7 anos é vítima de atropelamento criminoso em Goiânia. VÍDEO.

Um motorista que admitiu estar há dez dias sob uso contínuo de crack foi preso pela equipe do TOR Estrada, da Polícia Militar de Goiás, após atropelar uma criança de 7 anos, fugir do local sem prestar socorro e tentar se esconder em uma ambulância. A vítima segue internada no HUGOL, inconsciente, com traumatismo cranioencefálico grave.

Roberto Naborfazan

A irresponsabilidade criminosa de um motorista sob efeito contínuo de drogas quase terminou em tragédia irreversível na noite desta quarta-feira, 11 de dezembro de 2025, em Goiânia.

Uma criança de apenas 7 anos foi brutalmente atropelada enquanto atravessava a via em uma bicicleta, e o condutor, em vez de prestar socorro, fugiu covardemente do local, deixando a vítima gravemente ferida no asfalto.

O autor do crime, J. P. da S. F., admitiu posteriormente estar há cerca de dez dias fazendo uso da droga conhecida como crack, o que reforça o grau de imprudência extrema, desprezo pela vida e risco social associado à sua conduta.

Segundo informações oficiais, o atropelamento ocorreu por volta das 19h49, na Avenida Goiás Norte, no Residencial Recanto do Bosque, quando o veículo VW/UP Cross, cor prata, trafegava em alta velocidade.

A criança foi atingida com violência (veja no vídeo abaixo – IMAGENS FORTES) e, imediatamente após o impacto, o motorista acelerou e fugiu, sem qualquer tentativa de prestar socorro, conduta que agrava o crime e revela total insensibilidade diante da vida humana.

Equipe do TOR Estrada age com rapidez e eficiência

Desde os primeiros minutos após o atropelamento, equipes do Tático Operacional Rodoviário (TOR Estrada), com apoio do Serviço de Inteligência da Polícia Militar, deu início a diligências técnicas, contínuas e ininterruptas, conscientes da gravidade da ocorrência envolvendo uma criança em estado crítico.

A atuação precisa e persistente das equipes resultou na localização do veículo por volta das 02h10, já na madrugada, na Avenida Perimetral, nas proximidades do Shopping Passeio das Águas. O carro apresentava danos estruturais compatíveis com o atropelamento, desmontando qualquer tentativa de negação por parte do autor.

No momento da abordagem, o veículo era conduzido por K. R. R., proprietária da kitnet onde o autor reside. O que mais chamou atenção dos policiais foi o fato de que J. P. estava escondido no compartimento traseiro de uma ambulância, que vinha logo atrás do veículo conduzido por K. R.R, numa tentativa clara de se ocultar, driblar a polícia e escapar da responsabilização penal.

A condutora relatou que o suspeito chegou à sua residência extremamente alterado, pedindo para ser levado a uma clínica de reabilitação, afirmando que já não suportava o uso constante de drogas.

Durante entrevista policial, J. P. confirmou estar há dez dias em uso contínuo de crack, apresentando comportamento alterado e fornecendo versões contraditórias, desconexas e inverossímeis sobre o atropelamento.

Em um dos relatos, chegou a alegar que teria “penhorado” o veículo para pagar drogas a um suposto indivíduo chamado “Sandrinho”, sem conseguir explicar quem seria essa pessoa, como ocorreu a suposta penhora ou de que forma teria retomado o carro — narrativa considerada inconsistente e sem credibilidade.

Diante das evidências, foi dada voz de prisão ao autor, com posterior ratificação da prisão em flagrante pela Polícia Civil, pelo crime de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, com agravante de omissão de socorro, conforme o art. 303, §1º, do Código de Trânsito Brasileiro.

Veículo usado pelo elemento que, drogado, atripelou a criança. FOTO:  PM-GO

A autoridade policial destacou que o flagrante se configura na modalidade flagrante impróprio, já que houve perseguição policial contínua, sem interrupção, desde o momento do crime até a captura do autor.

Criança segue inconsciente em estado gravíssimo

De acordo com informações obtidas pelo Jornal O VETOR, a vítima, S. A. M., de 7 anos, permanece internada no HUGOL com o seguinte quadro:

Trauma no Baço;

– Trauma no Rim;

– Não teve necessidade de realização de cirurgia no abdômen;

– Teve contusão Pulmonar mas sem necessidade de cirurgia;

– ⁠O maior problema no momento está sendo o cérebro que apresenta inchaço.

A criança está inconsciente, com diagnóstico de traumatismo cranioencefálico grave, quadro que evidencia a dimensão da violência sofrida e reforça a gravidade do crime praticado.

Fiança de R$ 50 mil

A Polícia Civil determinou a apreensão do veículo, a realização de perícia técnica e a comunicação ao Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública. Foi arbitrada fiança no valor de R$ 50 mil, valor que, se não for recolhido, mantém o autor preso e à disposição da Justiça.

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