DOUTRINA ESPÍRITA – ETERNAMENTE JOVEM.
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Já nem me lembro quando escrevi o Poema de Juventude que declamei numa reunião de idosos num clube da Capital Goiana a convite de uma grande amiga, proprietária de uma Agência de Turismo, que promoveu aquele evento no qual se destacaram as eleições do Senhor e da Senhora “Sempre Jovens”.
Além do jantar dançante, enquetes e pequenos ensaios artísticos com música e teatro, o sarau se desenvolveu brilhante e muito bonito. Foi então que a promotora da Festa anunciou que me convidara para falar alguma coisa a respeito daquele Encontro para tantas pessoas vindas de vários Estados da Federação.
Tomando o microfone eu disse que minha homenagem seria feita em forma de versos. Assim, declamei este Poema:
POEMA DE JUVENTUDE
Olham-me pelos meus cabelos brancos
E chamam-me de velho,
Como se velho fosse um imprestável…
No fundo, invejam-me:
Tenho a experiência que lhes falta…
Comparam-me pelos vincos da vida,
E dizem que sou idoso,
Como se idoso fosse caduco…
No fundo, querem ser como eu:
Tenho a luz do conhecimento que lhes falta…
Procuram-me com o olhar longo,
E me creem provecto,
Como se provecto fosse um desvalido…
No fundo, esperam que eu os ilumine:
Tenho a sabedoria que lhes falta…
Buscam-me quando sorrio,
E me imaginam um velhusco,
Como se velhusco fosse um traste…
No fundo, quedam-se embasbacados:
Tenho o carisma que lhes falta…
Pensem eles o que quiserem,
Não me importam os seus reproches,
Falta-lhes o que tenho sempre disponível:
Ora é a experiência, ora o conhecimento…
Ora é a sabedoria, outras vezes o carisma.
Mas o que tenho de mais belo,
De mais profundo e verdadeiro,
É o amor puro e grande
Que minh’alma jovem
Faz brotar em cada gesto,
Arrebentando barreiras,
Alçando voos nos altiplanos,
Singrando águas buliçosas,
Combatendo as guerras da vida,
Para acalentar os seus corações incréus…
Porque não importa quantos anos tenhamos ou que vivamos, somos sempre jovens quando queremos encarar a vida sempre com alegria e disposição e velhos quando nos tornamos rabugentos, frustrados pelas nossas próprias incúrias, sofridos pelas nossas incoerências.
A cada encarnação enfrentamos problemas que nós próprios criamos ao longo de nossas existências, mas, se nos quedarmos entristecidos e paralisados pela desdita que geramos enquanto encarnados, sem sombra de dúvidas que permaneceremos frustrados em muitas das vidas terrenas que viermos vivenciar.
Importante é a libertação das amarras que criamos durante as jornadas. E nada melhor para essa libertação que nos entendermos com todos os que nos são próximos e com aqueles que, de uma forma ou de outra, se juntam a nós através da vida pelas razões mais variadas, pois a vida é um contínuo vai e vem daqui para o Plano Espiritual e de lá para cá em cada encarnação.
E é o Senhor da Vida que nos enseja cada oportunidade até que nos libertemos por completo dos vícios e dos defeitos. Assim livres, voamos para esferas mais altas em busca da Perfeição, não sem antes nos embruscarmos nos liames da vida trabalhando na busca da firmeza de nossas atitudes e no trabalho de ligação com todos os entes queridos e afins que estiveram ou estiverem ao nosso alcance.
Não importa de aqueles que nos cercam sejam jovens ou idosos, sejam senhores ou senhoras, crianças ou adultos, pois todos são nossos irmãos, criados pelo mesmo Pai e palmilhando os mesmos terrenos que pisamos em cada jornada terrena.
Acalentemos aqueles que sonham e não conseguem se realizar. Abracemos aqueles que têm frio e fome e não encontram guarida para se sustentarem. Ouçamos aqueles que lamentam as desditas sentindo-se perdidos no espaço e no tempo. Amparemos aqueles que se sentem sem forças para reagirem diante das adversidades. Todos são nossos companheiros, nossos afins e quando entendermos que ou crescemos diante de Deus se trabalharmos unidos aos mais sofridos pois são nossos irmãos, ou nos quedamos aprisionados no nosso egoísmo por longas encarnações até à libertação final que pode ser muito, mas muito demorada mesmo.
Então, agindo sempre como eternamente jovens, construamos um mundo cada vez melhor com o Cristo Libertador e, também, com o Senhor da Vida que é Deus.
POEMINHA DESPRETENCIOSO
Roberto Cury
Quem abraça, enlaça, ente querido, e o sofrido,
num querer bem.
Tamanho bem, rica aura, de mil estrelas, elimina querelas,
tudo acalma, sorrindo à vida esclarecida, na doçura do amor!
Abraço universal, ideal, sem igual, nosso fanal.
Abracemos, irmãos, irmãs, ricos, pobres, iguais, desiguais,
todos, para sermos felizes.
Dr. Roberto,
Que confortante é ler estes versos e perceber que eles são o reflexo dos anos que já vivemos! Parabéns! Amei!