DOUTRINA ESPÍRITA – CAMINHOS DA FELICIDADE

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“A felicidade é um anseio básico da humanidade. Por isto mesmo, saber o que torna as pessoas felizes é uma questão central.” Leonardo Machado 

Roberto Cury

De repente a felicidade virou termo e tema rotineiros na boca de tanta gente que não se cansa de falar sobre esse sentimento, por toda parte.

Interessante que a medida que alguns conhecidos e pessoas amigas desencarnaram, em consequência das mais variadas causas, via de regra pacientes de doenças graves e outros, ceifados, repentinamente, através de AVCs ou de Infarto fulminante, a consolação, em todos os casos, tem sido explorada chamando a atenção para o sentido de que os familiares observassem o lado positivo da desencarnação, pois o recém desencarnado, havia deixado de sofrer ou não se quedara vegetando numa cama por longo tempo. Então o lado positivo encontrava-se na palavra mágica felicidade.

“Ninguém será feliz enquanto cultivar a tristeza em seu coração.” 

Roberto Vilmar Quaresma escreveu substancioso artigo na RIE  (Revista Internacional de Espiritismo,  nº LXXXVIII) intitulado “Não “ilumines” a Tristeza”, destacando, entre aspas, o termo “ilumines”, no qual afirma: “… a tristeza quando perambula em nosso pensamento e permitimos que se sustente durante nossas ideias escuras, esta permissão é como se estivéssemos iluminando o caminho para que ela mais se aprofunde e domine nosso íntimo. Estaremos dando-lhe a permissividade para estabelecer-se e tomar conta de nossa vontade.”

E, mais à frente, continua: “Se a tristeza tenta te agasalhar a ponto de ameaçar tuas tarefas, para e reflete sobre os momentos que estás vivenciando, alguma influência passaste a armazenar que tenta prejudicar-te a caminhada.”

O leitor, sem nenhuma dificuldade, entende que a felicidade não pode, em hipótese alguma, conviver com a tristeza, pois, enquanto a felicidade voa livre e célere, entre sorrisos e alegria, a tristeza aprisiona o ser fixando-o num quadro depressivo, no qual, circunscrito, só encontra sofrimentos de toda sorte, até a exaustão pela incapacidade de escapar dos pensamentos negativos que o assoberbam.

“Ser feliz envolve ter a posse do necessário ou acumular o máximo de riqueza possível?” Eis a questão, diriam os filósofos e psicólogos modernos. Para elucidar, colhemos dois poemas vindos do além, através de psicografias desconhecidas sendo o primeiro enviado por Hermógenes (Aí a dúvida: Hermógenes da família de Hermes? Um dos que formavam a caravana de Saulo e que o seguiu quando se tornou Paulo, separando-se dele depois para pregar em outras plagas? ou Hermógenes[https://], filósofo grego queviveu nos séculos V e IV a.C. e era filho de Hipônico e irmão de Cálias III, pertencentes à abastada família Cálias.  É apresentado por Platão no seu diálogo “Cratylus” como um dos interlocutores, afirmando que todas as palavras de uma língua eram formadas por uma pacto de pessoas entre elas. Diógenes Laércio afirma que ele foi um dos professores de Platão), mas o que importa é que tratou da Felicidade como forma de vida terrena, desfilando-a em sua despedida do mundo encarnado; e o segundo, com o título Felicidade, encerra, com ternura, doçura e infindo amor um texto em que o autor, ou seria a autora, fala de si e se denomina FELICIDADE.

Vamos ao primeiro:

                        POEMA SE

Se, ao final desta existência, alguma ansiedade me restar e conseguir me perturbar;
Se eu me debater aflito no conflito, na discórdia…
Se ainda ocultar verdades para ocultar-me, para ofuscar-me com fantasias por mim criadas…
Se restar abatimento e revolta pelo que não consegui possuir, fazer, dizer e mesmo ser…
Se eu retiver um pouco mais do pouco que é necessário e persistir indiferente ao grande pranto do mundo… 

Se algum ressentimento, algum ferimento impedir-me do imenso alívio
que é o irrestritamente perdoar,
E, mais ainda, se ainda não souber sinceramente orar
por quem me agrediu e injustiçou…
Se continuar a mediocremente denunciar o cisco no olho do outro
sem conseguir vencer a treva e a trave em meu próprio…
Se seguir protestando, reclamando, contestando, exigindo que o mundo mude
sem qualquer esforço para mudar eu…
Se, indigente da incondicional alegria interior, em queixas, ais e lamúrias,
Persistir e buscar consolo, conforto, simpatia
Para a minha ainda imperiosa angústia…

 

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