DOUTRINA ESPÍRITA – ÁRVORES DESPEDAÇADAS.

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Este texto é de autor desconhecido. Publico-o por entender que é propositivo e edificante.

Roberto Cury

A tormenta agressiva atravessou a árvore, despedaçando-a, e prosseguiu rugindo, em desalinho.

A árvore ferida, no entanto, segura de si através da seiva, respondeu ao golpe violento derramando óleo perfumado pelo corte, e em breve, reverdecida, se multiplicou em flores e frutos.

Era a resposta da paz da natureza ao rigor do desespero das forças desgovernadas…

*   *   *

Quantas vezes somos despedaçados pelas tempestades dos dias.

Elas chegam, muitas vezes, sem avisar. Não temos tempo nem de observá-las em aproximação no horizonte.

Inundam nossas raízes, carregam as folhas mais frágeis e nos cortam, ferindo-nos profundamente.

Tormentas fazem parte desse mundo, assim como os dias de sol, alternando-se descompassadamente, tal como o clima interno no coração dos homens.

Porém, a natureza, que sempre nos traz ricas lições, apresenta-nos uma proposta dignificante.

A árvore que está segura de si, através de sua seiva, derrama perfume pelo local do corte, e se revigora em tempo breve.

FOTOS: Reprodução da Internet

A alma que está segura de si, segura de seus destinos futuros, segura do amparo do Pai e certa de que as tormentas são necessárias, apresenta em seu interior uma seiva poderosa, rica, que a alimenta em abundância.

Assim, sabe se recuperar sempre que preciso, mesmo que ofendida e maltratada.

E sua resposta às agressões do mundo é a outra face, a face da paz de espírito.

*   *   *

“O que faz uma árvore majestosa e forte não são os dias de sol que desfruta, mas sim os dias de vento e chuva que lhe desafiam a capacidade de se manter em pé.” 

Não permitamos que as forças desgovernadas do planeta em guerra nos façam pequenos, através da infelicidade que nos causam.

A árvore continua crescendo após suportar a tormenta, e cresce mais forte, mais resistente.

Mantenhamos os galhos voltados para o alto, assim como faz a araucária, recebendo o auxílio do Criador sempre que necessário.

Mantenhamo-nos confiantes do nosso destino futuro: a felicidade. E trabalhemos, incansavelmente, por alcançá-lo.

Se percebermos que as coisas fogem do nosso controle, lembremos que, na verdade, muitas coisas estão além de nossa compreensão atual. Não podemos controlar tudo.

Aceitemos. Mas, não numa postura derrotista e paralisante.

Aceitemos compreendendo, aceitemos trabalhando, com fé e com a esperança de que tudo passa.

Quando alvejado pelas loucuras do globo em transição, respondamos com o perfume da compreensão, da calma, da paciência.

Se vivemos tempos de luta constante, é sinal de que uma grande mudança se aproxima. Observemos, aprendamos, entendamos o que as adversidades querem dizer em altos brados ao nosso coração aprendiz.

O que faz uma árvore majestosa e forte não são os dias de sol que desfruta, mas sim os dias de vento e chuva que lhe desafiam a capacidade de se manter em pé.

Flores e frutos chegam quando menos se espera. Ninguém sabe o tempo exato da colheita, a não ser o grande Semeador, que é nosso Pai Maior.

Lembremo-nos de que Ele está no comando de tudo.

PRECE NOTURNA

            Roberto Cury

 

Eu te imagino, rezando, na hora de dormir…

E me imagino, chegando,

Na hora de dormir…

Tu, de joelhos, aos pés da cama…

quão linda estás!

Cabeça entre as mãos, recitando,

freme,  aureolada,  em nuvem doirada,

a Ave Maria!

Eu fico te olhando (tu nem me percebes),

calado, bebendo cada palavra da Ave Maria!

Santa Maria, sussurram teus lábios, e a prece se evola

Num manto divino, carregado por mil serafins.

E vai se erguendo pra horizontes que a terra não tem,

batendo à porta do palácio sublime, da mãe de Jesus!

E eu me perco entre as lágrimas que a emoção

trouxe aos meus olhos.

E quando te olho novamente, estás deitada no teu leito real,

teu respirar suave, como suspiros, suspiros de paz!

Dormes, e os anjos te velam!

Então eu saio, de mansinho, com muito cuidado,

com medo de te acordar, vou recitando:

– Ave Maria, cheia…

(Escrita em Santa Helena – GO em 25/03/1977 e corrigida em Goiânia, em 16 de fevereiro de 2004). 

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