DISTRITO DE SÃO JORGE – Morte de quatro pessoas em ação da Polícia Militar gera protestos em Alto Paraíso de Goiás.
Comunidade do Distrito de São Jorge (Alto Paraíso de Goiás) fez protestos neste domingo, 23, pedindo investigação sobre a dinâmica do confronto que culminou na morte das quatro pessoas.
Roberto Naborfazan
Moradores do Distrito de São Jorge, em Alto Paraíso de Goiás, ocuparam a principal praça da localidade para protestar contra a ação da Polícia Militar que culminou na morte de quatro pessoas, três delas integrantes da comunidade.
Em vídeos que circulam em uma rede social é possível ver dezenas de pessoas em frente ao Posto Policial do distrito, ouvindo inflamado discurso de um dos líderes da manifestação e gritando palavras de ordem. Assista abaixo.
Um print de uma postagem feita em uma conhecida rede social chegou até a redação do Jornal O VETOR.
A postagem faz gravíssimas acusações contra um policial, que teria provocado a operação que desencadeou no citado confronto.
Enquanto os Policiais Militares que atuaram na operação afirmam que dois dos quatro mortos tinham passagens policiais, uma reportagem do Portal G 1 aponta que “As investigações da Polícia Civil apontaram que as quatro pessoas que morreram após abordagem da Polícia Militar em Cavalcante, no nordeste de Goiás, não tinham passagens criminais, e que a situação está sendo investigada pelo delegado Alex Rodrigues, de Cavalcante, que procura esclarecer a dinâmica de como tudo aconteceu”.
O G 1 diz ainda que – Segundo o delegado Alex, os PMs constataram que havia cerca de 500 pés de maconha no local, além de porções prensadas e outras prontas para consumo – tudo deve ser periciado para confirmação de que se tratava da droga.
No entanto, parte da droga que foi encontrada pelos policiais foi incinerada no local antes da chegada da equipe da Polícia Civil. Essa ação não é a de praxe, segundo o delegado, por isso também será apurada.
“A priori, quem faz a incineração da droga, de acordo com a lei, é o delegado. A droga foi incinerada antes da minha chegada. Isso vai ser apurado o motivo”, disse.
Entenda o caso lendo a reportagem completa da ação policial no Link https://ovetor.com.br/plantacao-de-maconha-acao-da-policia-militar-resultou-em-04-mortos-moradores-apontam-chacina/
Ao G1 o líder comunitário Murilo Aleixo disse que o caso foi uma execução e fez denúncias graves contra a corporação.
“Foi tiro na cara, na cabeça. Foi uma execução a sangue frio. Essas pessoas foram reunidas, algemadas para serem executadas. Tem também uma pessoa que chegou lá e chegou a ver eles coagidos. A população está completamente revoltada porque todo mundo conhece essas pessoas e sabe que eles não eram bandidos, criminosos ou traficantes”, contou.
Em entrevista a Radio Paraíso FM, o tenente Flávio Taveira, Comandante da 3ª CIA (14º BPM -18º CRP), de Niquelândia, disse que duas viaturas participaram da ação, compostas por sete policiais, sendo três da viatura diária e quatro do GPT – Grupo de Patrulhamento Tático. OUÇA A ENTREVISTA NO ÁUDIO ABAIXO.
A narrativa policial afirma que ao chegarem ao local, que é de difícil acesso, avistaram sete pessoas sob uma barraca com cobertura de palha, e que, ao serem abordadas, reagiram atirando contra as equipes militares, que responderam de pronto, alvejando quatro deles com mais de 60 tiros de diferentes calibres, enquanto as outras três pessoas conseguiram fugir se embrenhando pela mata. Segundo os policiais, os suspeitos teriam usado uma espingarda e três revólveres para atirar nos militares, sendo eles de calibre 32, 22 e 38.
Eles mentem nem ao menos disfarcar,nao existia armas e nem essa quqntidade de droga,foi uma execucao