DISPOSITIVO NO BANHEIRO – Bolsonaro diz que ‘nunca abriu um pen drive’ e vai perguntar a Michelle se é dela.

Item foi encontrado por policiais federais no banheiro da casa do ex-presidente. Moraes determinou medidas restritivas a Bolsonaro por atuação contra Justiça brasileira.

Por Alexandro Martello e Gustavo Garcia*

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (18) que “nunca abriu um pen drive” e que vai perguntar se o dispositivo de armazenamento de dados encontrado por policiais federais no banheiro da sua casa é da esposa, Michelle Bolsonaro.

Nesta sexta, a Polícia Federal cumpriu mandados contra o ex-presidente em uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante buscas na casa do ex-presidente, os policiais encontraram o dispositivo no banheiro. Questionado sobre o pen drive, Bolsonaro afirmou:

“Olha, uma pessoa pediu para ir ao banheiro, eu apontei o banheiro, e voltou com um pen drive na mão. Nunca abri um pen drive na minha vida. Eu não tenho nem laptop em casa para mexer com pen drive. A gente fica preocupado com isso”, declarou Bolsonaro.

“Não estou sugerindo nada. Estou é surpreso. Vou perguntar para minha esposa [Michelle Bolsonaro] se o pen drive era dela”, acrescentou o ex-presidente.

A defesa de Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (18) que recebeu com surpresa e indignação a decisão do STF que impôs medidas cautelares ao ex-presidente.

Os advogados alegam que as medidas foram baseadas em atos de terceiros e negam que Bolsonaro tenha feito declarações contra a soberania nacional. Também criticam a ausência de indícios de fuga e consideram injustificável a proibição de contato familiar com Eduardo Bolsonaro.

Polícia Federal cumpriu mandados contra o ex-presidente em uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). FOTO: Reprodução.

Atuação contra a Justiça brasileira

Para Alexandre de Moraes, o ex-presidente confessou uma tentativa de extorsão contra a Justiça brasileira ao condicionar o fim do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à própria anistia.

Em 9 de julho, Trump anunciou tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras, alegando que Bolsonaro sofria uma “caça às bruxas” e fazendo ataques ao STF.

Para o ministro, Bolsonaro pode ter cometido os crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação que envolve organização criminosa e atentado à soberania nacional.

Depois da medida de Trump, Bolsonaro começou a fazer manifestações associando a retirada dessas tarifas à própria anistia. No domingo (13), ele afirmou que não se alegrava com o tarifaço, e que com a anistia haveria “paz para a economia”.

Na quinta (17), afirmou: “Vamos supor que Trump queira anistia. É muito? É muito, se ele pedir isso aí? A anistia é algo privativo do parlamento. Não tem que ninguém ficar ameaçando tornar inconstitucional”, disse.

Medidas cautelares

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou risco “concreto” de fuga de Bolsonaro e solicitou ao STF a adoção de medidas cautelares. O alerta foi feito após a procuradoria pedir a condenação do ex-presidente pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Moraes atendeu ao pedido e impôs as seguintes medidas cautelares ao ex-presidente:

uso de tornozeleira eletrônica;

– recolhimento domiciliar entre 19h e 6h e finais de semana;

– proibição de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros;

– proibição de se comunicar com outros réus e investigados;

– proibição de acesso às redes sociais.

FONTE: g1 — Brasília

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