DESCONTOS ILEGAIS – STF forma maioria para manter ‘Careca do INSS’ e Camisotti presos.

Dupla está em prisão preventiva por suspeitas de desvio de dinheiro de aposentados. Segundo os investigadores, Antunes é o “epicentro” da corrupção ativa no esquema.

DA REDAÇÃO*

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, neste domingo (28), para manter a prisão preventiva de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti, investigados no esquema de descontos ilegais em aposentadorias.

Os ministros André Mendonça, Edson Fachin e Nunes Marques votaram a favor da manutenção da prisão. Gilmar Mendes se declarou impedido de participar do julgamento, e ainda falta o voto de Dias Toffoli. A análise ocorre no plenário virtual do STF e deve ser concluída na próxima sexta-feira (3).

A prisão foi pedida pela Polícia Federal, que apontou tentativa de obstrução das investigações, movimentação suspeita de ativos para ocultar patrimônio e risco de fuga do país. Segundo André Mendonça, a PF demonstrou de forma “robusta e consistente” a necessidade das prisões.

Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, prestou depoimento nesta quinta-feira (25). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Operação Sem Desconto

Segundo os investigadores, Antunes é o “epicentro” da corrupção ativa no esquema. Ele teria recebido R$ 53,58 milhões de entidades e intermediárias. Parte dos recursos, cerca de R$ 9,32 milhões, teria sido repassada a servidores e empresas ligadas à cúpula do INSS. Outros R$ 6,8 milhões saíram de empresas de Antunes em direção a firmas de funcionários também investigados.

Camisotti, apontado como sócio oculto de entidades beneficiadas pelos descontos irregulares, também é alvo da investigação. A dupla teria usado informações sigilosas das operações para tentar frustrar a apuração.

Na semana passada, em depoimento à CPI do INSS, Antunes negou envolvimento no esquema.

“Não sou responsável, nunca fui, não tenho expertise para esse lado da bandidagem”, afirmou. “Jamais fui responsável pelo recrutamento de associados, tampouco exerci qualquer ingerência sobre a inserção de dados no sistema do INSS. Todos os serviços contratados pelas associações tinham como destinatário final o próprio associado aposentado, beneficiário direto das atividades desempenhadas”.

A CPI do INSS volta a se reunir nesta segunda-feira (29), para ouvir Fernando Cavalcanti, sócio do advogado Nelson Wilians, e Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais).

FONTE: Último segundo Ig

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