CRIANÇA TORTURADA – Bebê de 10 meses é hospitalizada com queimaduras de cigarro em Vila Boa.
Mãe da criança diz que o padrasto é o principal responsável pelas agressões .Caso de violência chocou a região e reforça a importância de denunciar maus-tratos contra crianças, mulheres e idosos.
Roberto Naborfazan
Uma bebê de apenas 10 meses de idade foi hospitalizada no último domingo (26/10), após ser levada pela mãe ao Hospital Municipal de Vila Boa, município localizado na região nordeste de Goiás, próximo a cidade de Formosa, no Entorno do Distrito Federal.
Durante o atendimento, a equipe médica identificou diversas queimaduras de cigarro na barriga e nas pernas da criança, o que levantou imediata suspeita de tortura e maus-tratos.
Assim que os médicos constataram as lesões, a Polícia Militar de Goiás (PMGO) foi acionada para acompanhar o caso.
A mãe da criança foi ouvida pelos policiais e relatou que o companheiro seria o principal responsável pelas agressões.
Diante das informações, as equipes iniciaram uma busca e localizaram o suspeito, que foi conduzido à Central de Flagrantes de Formosa.
O Conselho Tutelar de Vila Boa também foi acionado e confirmou a gravidade das lesões, prestando assistência à vítima e à família.
Investigação em andamento
Em nota oficial, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) informou que não houve prisão em flagrante, mas foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias do crime.
Foram solicitados exames periciais e o caso está sob a responsabilidade da Subdelegacia de Vila Boa, que conduzirá as diligências e ouvirá novas testemunhas.

Denunciar é proteger vidas
Casos como este reforçam a importância da participação da sociedade na denúncia de qualquer sinal de violência, seja contra crianças, mulheres ou idosos.
Maus-tratos, agressões físicas, psicológicas ou negligência não podem ser silenciados. A denúncia pode ser feita de forma anônima, por meio dos seguintes canais:
– Disque 100 – Central Nacional de Direitos Humanos;
– 190 – Polícia Militar, em situações de emergência;
– Conselhos Tutelares municipais;
– Delegacias de Polícia Civil (inclusive de forma sigilosa).
O silêncio protege o agressor. A denúncia salva vidas.
A violência doméstica e os maus-tratos infantis ainda são uma realidade dolorosa em diversas regiões do país.
Cada cidadão tem o dever de agir diante de sinais de abuso. A omissão é também uma forma de conivência.
Que este caso sirva de alerta e mobilize a sociedade para romper o ciclo da violência e garantir proteção e dignidade às vítimas.


