COMBATE AO DIABETES – Brasil recebe primeiro lote de insulina glargina para diabetes tipo 2.

Medicamento será oferecido pelo Sistema Único de Saúde. O Brasil ainda vai receber mais 4,7 milhões de unidades até o final do ano, chegando a quase sete milhões.

Roberto Naborfazan*

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve nesta segunda-feira (17) em Guarulhos (SP) para receber o primeiro lote com mais de dois milhões de unidades de insulina glargina, que atende os portadores de diabetes tipo 2.

“Hoje é um grande dia para o SUS [Sistema Único de Saúde], um grande dia para a soberania da saúde no Brasil e um grande dia para a segurança dos pacientes que têm diabetes tipo 2”, disse o ministro em coletiva no Aeroporto de Guarulhos.

Já oferecido para quem tem o tipo 1 da doença, o produto foi adquirido através de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) e haverá transferência de tecnologia para o laboratório público Bio-Manguinhos (Fiocruz).

Assim, o medicamento passará a ser produzido no país, o que fará com que o Brasil deixe de depender do mercado externo.

“É uma segurança, porque faz com que esse paciente não fique submetido a crises internacionais da insulina, como existem hoje”, afirmou o ministro.

Para Padilha, o tratamento com a insulina glargina é um grande avanço: “Ela é de uso mais fácil e a resposta também é melhor”.

A produção do medicamento no Brasil será feita pela Friocruz junto com a Biomm em uma parceria com a chinesa Gan&Lee, uma das maiores produtoras mundiais de insulina.

“É uma parceria que acontece por conta do fortalecimento do SUS, da decisão do Ministério da Saúde junto com estados e municípios de passar a ofertar insulina glargina também para quem tem diabetes tipo 2”, explica Padilha.

Brasil recebe o primeiro lote com mais de dois milhões de unidades de insulina glargina. Medicamento passará a ser produzido no país, o que fará com que o Brasil deixe de depender do mercado externo. FOTO: Rafael Nascimento 

A expectativa, de acordo com o ministro, é de que com a transferência de tecnologia para a Fiocruz, a produção – no estado do Ceará – chegue a algo em torno de 30 a 40 milhões de unidades por ano.

“É uma grande parceria que traz garantia e segurança para os pacientes brasileiros”.

Atualmente, cerca de 20 milhões de pessoas têm diabetes no país.

Segundo o ministro, além deste carregamento, o Brasil ainda vai receber mais 4,7 milhões de unidades até o final do ano, chegando a quase sete milhões. Assim, o investimento do governo federal no combate ao diabetes, em 2025, será de R$ 131,8

milhões.

Benefícios da Insulina Glargina

A insulina glargina é um análogo de insulina de longa duração (basal), utilizada para controlar os níveis de açúcar no sangue em adultos e crianças com diabetes tipo 1 e adultos com diabetes tipo 2. Sua principal função é fornecer uma cobertura de insulina estável e contínua ao longo de 24 horas, imitando a produção natural de insulina pelo pâncreas em períodos sem alimentação, como durante o sono.

Os principais benefícios da insulina glargina estão relacionados ao seu perfil de ação prolongada e estável:

– Controle Glicêmico Sustentado: Ajuda a manter os níveis de glicose no sangue estáveis por até 24 horas ou mais, necessitando, para a maioria dos pacientes, de apenas uma aplicação diária.

– Menor Risco de Hipoglicemia: Devido à ausência de um pico de ação acentuado (característico da NPH), a glargina reduz o risco de episódios de hipoglicemia (nível baixo de açúcar no sangue), especialmente durante a noite, que é uma preocupação comum com insulinas de ação intermediária.

– Maior Previsibilidade e Estabilidade: Oferece um perfil de ação mais previsível e estável em comparação com a insulina NPH, o que facilita o manejo do diabetes e proporciona mais segurança ao paciente.

– Flexibilidade: A necessidade de apenas uma dose diária (para a maioria dos pacientes) oferece maior comodidade e adesão ao tratamento.

– Melhor Qualidade de Vida: A estabilidade no controle da glicose contribui para uma melhor qualidade de vida geral e uma menor interrupção das atividades diárias devido a flutuações glicêmicas.

**FONTE: Agência Brasil

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