CMAC, CREDEQ e Nordeste Goiano: Soluções urgentes e definitivas
Não tínhamos intenção de entrar aqui em questões políticas partidárias, mas em tempos de transição de governo, tudo que se diz é remetido para este assunto. Quando se trata da saúde pública então, o que deveria ser essencialmente técnico acaba sendo avaliado pela ótica política (quando não da politicalha).
Que seja então. Pela valorização da sobrevida de mais de trinta e dois mil pacientes da Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa, não podemos nos omitir apenas pelo receio de desagradar quem sai ou quem chega.
Por diversas vezes, através de artigos em jornais, entrevistas em emissoras de rádio ou TV, elogiamos a postura do governo de Alcides Rodrigues em relação ao Juarez Barbosa. Ao manter uma equipe coesa e interessada, formada por técnicos competentes, na direção da Central, liderados pela Secretária da Saúde, Irani Ribeiro, e pela gestora Lilian Cileide de Queiroz Monteiro, Diretora-Geral da CMAC, o governador extirpou um problema crônico que era a falta de medicamentos de alto custo.
Não vamos avaliar, neste momento, o que mais o governador Alcides Rodrigues fez ou não fez durante sua passagem pelo governo. Nós, trinta e dois mil pacientes, que dependemos dos medicamentos de alto custo já lhe somos gratos por nos assegurar, nos últimos anos, uma boa qualidade de sobrevida. Temos que reconhecer isso, ou pecaremos pela ingratidão; Mesmo que isso provoque a ira das hienas que querem a todo custo “mostrar serviço” ao governador eleito Marconi Perillo. Na mente doentia dessa gente, é proibido apontar qualquer virtude do atual governador.
O triste é que, muitos dos que agora atacam covardemente esse governo, há pouco tempo eram vistos se servindo da ambrosia palaciana, sorridentes e se posicionando como papagaios de pirata para aparecer nas fotos junto ao governador Alcides Rodrigues. Estes sim, além de traidores, são hipócritas, dissimulados e, com certeza, mesmo com seu puxa-saquismo exacerbado, não enganaram o jovem, mas experiente, governador eleito Marconi Perillo.
Marconi tem repetido que os cargos em seu governo não serão distribuídos sob pressão, mas a manutenção de Lilian Cileide e sua equipe a frente da CMAC não é da cota de nenhum deputado, é da cota dos pacientes, do povo, dos que sabem que o estoque de medicamentos esta regulado, graças ao excelente trabalho exercido pela atual diretora.
No entanto, acreditamos que o deputado estadual reeleito, Hélio de Souza (DEM), atuante nesse setor, poderá intervir junto a Marconi Perillo pelo atendimento desta solicitação.
Ainda sobre a CMAC, presidentes de associações de portadores de patologias diversas, deverão encaminhar ao governador eleito, pedido para que o prédio onde se localiza a Central, passe por uma ampla reforma, encampando a parte onde estava a Regional de Saúde, e que o órgão fique onde esta. Isto se faz necessário porque o prédio adquirido para abrigar a CMAC, só esta sendo desocupado agora, depois de mais de um ano da data prevista. Aprefeitura de Goiânia, antiga locadora do imóvel, não se sensibilizou com a natureza de prestação de serviço no novo inquilino. Além de desocupar quando quis, depredou as instalações, (um boletim de ocorrência foi registrado após o desaparecimento de extintores de incêndios, luminárias e outros bens), e ainda deixou um monte de “entulhos” no local. Faltou misericórdia, sobrou irresponsabilidade.
Não fosse o bastante, a Secretaria Estadual de Administração e Finanças, antes da CMAC, para quem o imóvel foi comprado, tomar posse, já ocupou o quinto andar com arquivos do órgão, ou seja, os pacientes vão trocar seis por meia dúzia, vão continuar sendo atendidos em lugar exíguo e desconfortável, para dar lugar aos documentos da SAF.
A sede atual da CMAC, na Rua 04 com a Tocantins, se já era ruim, ficou pior, depois da utópica Vila Cultural criada pelo então presidente da Goiás Turismo, Barbosa Neto. Humilhante e desesperadora a situação de quem vai buscar seus remédios (sua garantia de vida) em um local tão deprimente. Sugiro ao governador eleito que faça uma visita ao local ainda neste fim de ano. Sensível aos sofrimentos do povo goiano, Marconi com certeza se emocionará e tomará providencias.
Uma reforma ampla em toda a área, deixando ali exclusivamente a CMAC, é a solução que atenderá a todos, dos pacientes ao governo, passando pelas associações. Existe hoje um paradoxo na vida de quem precisa dos medicamentos de alto custo, a alegria de ter os medicamentos em estoque (antes o paciente ficava meses aguardando) e o risco de morrer na fila de dispensa.
CREDEQ E NORDESTE GOIANO
O grande mote de Marconi Perillo durante a campanha foi que, se eleito, faria o melhor governo da vida dos goianos. Com sua garra e perseverança, sob a benção de Deus e o auxilio do povo, conseguirá.
Dois compromissos, entre vários, precisam, no entanto, ser priorizados. Começar seu governo pela região nordeste e a construção do Centro de Recuperação de Dependentes Químicos (Credeq).
A rica região nordeste continua com um dos IDHs mais baixo do país. Faltam escolas, hospitais, cursos profissionalizantes, empregos, segurança e tudo aquilo que é básico para o desenvolvimento da região e de sua gente. O artigo “Nordeste goiano: o que Goiás tem de pior a gente esconde”, assinado pelo gestor público e poeta, João Beltrão Filho, e publicado na página 10 desta edição, trás uma analise técnica, precisa, da realidade da região. Baseando-se neste artigo e nas reivindicações levadas pelo falecido prefeito de Alto Paraíso, Divaldo Rinco, Marconi Perillo e sua equipe terão farto material para iniciar o melhor governo da vida dos nordestinos goianos.
Quanto ao CREDEQ, não é preciso muitas palavras para sinalizar sua importância. Será o primeiro grande passo rumo ao auxilio de milhares de famílias que ficam doentes juntos com seus familiares dependentes químicos. Crianças e adolescentes acorrentadas em casa por não terem onde ser assistidas no tratamento do terrível vicio em Crack, cocaína, cola e outros entorpecentes. Quantos são assassinados nas ruas depois de percorrerem os limitados, mas importantes, centros de apoio aos dependentes, criados por grupos religiosos ou pela sociedade organizada. Existe boa vontade entre essas pessoas, mas há carência de recursos e profissionais especializados.
Poderia discorrer sobre estes temas, mostrando a urgência por solução, mas Marconi Perillo e sua equipe sabem que estas reivindicações, entre tantas outras, após solucionadas, serão brisa suave no rosto molhado de suor e lágrimas dos que sofrem a omissão dos poderes constituídos. Que o corpo e o espírito dos goianos se refrigerem com a chegada do Melhor Governo de Suas Vidas.
ROBERTO NABORFAZAN